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foto: ALPHA ONE MEDIA / CHRISTOPHER REEVES

Foram precisos 539 dias e 24 Grandes Prémios para a Honda regressar ao topo,  Alex Rins (LCR Honda Castrol) pôs fim a essa longa seca no Grande Prémio Red Bull das Américas. O número #42  pressionava Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) que partiu da pole position e liderava a corrida,  até o número #1 sofrer uma queda. A partir daí Rins procurou manter a primeira posição herdada de bandeja… e foi o que fez, mantendo o ritmo não se intimidando com  Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team) que ocupava a P2 depois de ter ultrapassado na reta um indefeso  Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP™) que finalmente também regressou ao pódio desde o GP da Malásia do ano passado.

Assim chegou ao fim a mais longa série sem vitórias da Honda desde que regressou à classe rainha em 1982 e, a primeira vitória da LCR desde 2018 a que juntou o 100º pódio da equipa em Grandes Prémios. Outro facto a salientar,  Rins venceu 50% das suas últimas seis corridas em MotoGP™… com duas motos diferentes.

Alex Rins ( #42, LCR Honda CASTROL) : “Foi espantoso, quando estive na box da LCR este Inverno, o Lucio pôs um vídeo no museu e disse que na nossa equipa tem99 pódios…  e eu disse: ‘obrigado pela pressão! hoje conseguimos. Estou muito feliz pela vitória e, também feliz com o fim-de-semana, um fim-de-semana realmente bom trabalhámos bem desde sexta-feira. Entramos directos na Q2, qualificando-me em segundo, depois segundo na Sprint Tissot e agora a vitória… honestamente Pecco mostrava um ritmo muito forte, eu estava a lutar um pouco no terceiro e quarto sectores, mas nos sectores 1 e 2  puxava um pouco no limite nas chicanes para reduzir a diferença, estou tão feliz.

Depois da queda, vi que estava na frente e perdi um pouco a concentração por uma volta, uma volta e meia, por isso reduziram-me a distância, mas depois tentei não cometer erros, e pilotar sozinho como sei fazer,  estou feliz porque não foi fácil.

Depois de prometer no camião durante a volta de apresentação dos pilotos  ao público presente nas bancadas que iria rapar o cabelo se ganhasse a corrida …

” Tinha uma mensagem minha noiva, quando acordei esta manhã,  a dizer que se eu rapar o cabelo, ela mudará as fechaduras. Temos o nosso casamento dentro de alguns meses e é um dia para nos lembrarmos, por isso é melhor não! Mas com certeza alguns rapazes da equipa irão rapar o cabelo”!

Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team): “Um fim-de-semana fantástico. Gostei muito de cada volta aqui no COTA porque a sensação com a mota tem sido muito boa desde a FP1. Ontem cometi um erro. Sim, cometi um erro na travagem da primeira curva depois da partida. Por isso hoje tentei estar calmo no início porque sabia que o meu ritmo era muito forte aqui, foi só isso. Mas perdi demasiado tempo no início. Foi impossível  apanhar o Alex. Vi que ele tinha cometido alguns erros, por isso comecei também a pensar na vitória. Mas ele foi muito rápido e forte aqui e mereceu a vitória.

Acho que ontem também tive uma lição importante porque em apenas seis voltas acabei o pneu da frente. Não sei porquê, não sabemos o que aconteceu,  talvez porque tentei puxar muito como quando tinha 18 anos. Se puxarmos muito, aquecemos demasiado os pneus e  começam a funcionar mal. Por isso hoje tentei gerir muito a frente e a traseira durante toda a corrida e de facto cheguei ao final da corrida sem problemas pelo que  para mim foi fácil correr hoje, talvez também porque esta pista seja muito difícil do ponto de vista físico. Mas  estou muito feliz com a minha situação, senti-me muito bem e não tive problemas nesta corrida que é a mais difícil do calendário. Em conclusão, estou realmente feliz e à espera da próxima corrida”.

Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP) :“Foi óptimo para ser honesto, nas duas primeiras corridas o nosso ponto fraco foi a primeira volta, ser agressivo hoje e ontem foi bastante bom. Estava a falar com Luca sobre como na primeira volta o tentei ultrapassar,  esta é a única maneira de termos a esperança conseguir um pódio e um grande resultado. É importante para nós estarmos à frente durante as primeiras voltas e depois a nossa corrida é mais calma e fácil, pelo que foi muito inteligente da nossa parte”.

Deve ser mentalmente duro correr contra as Ducatis ?
“Sim, também  quando o Luca passou por mim na recta, foi muito difícil manter a calma porque é muito fácil ficar nervoso. Esperava ficar um pouco mais com ele, mas ele tinha um ritmo realmente forte no fim. Por isso, disse OK, vamos manter a distância para Maverick que foi quarto e alcançar um pódio”.

Quão importante foi o pódio para lhe dar motivação?
“Felizmente em Jerez, a recta é muito mais pequena! mas hoje o Luca foi realmente forte. Quanto a Jerez, todos os anos que lá estive, tenho sido rápido desde o meu primeiro ano no MotoGP. Na qualificação estive sempre na primeira fila, por isso espero que possamos estar na primeira fila e será uma grande qualificação e sim, depois iremos ao GP de França, o que será bom”.

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