Impressionante é o adjetivo para classificar a corrida de Marc Márquez no Brickyard que dominou completamente, ao liderar todas as sessões do fim-de-semana.
De salientar que esta foi a sua sexta vitória em solo americano o Rocky de MotoGP tendo vencido todas as corridas em solo americano, 3 em MotoGP , Texas, Laguna Seca e Indinapolis em 2013 e 2 em Moto2 2011 e 2012 …
Marc Márquez explicou: a sua corrida de 27 voltas em Indianapolis “Não fiz boa partida, mas sabia já antes da corrida que o final seria a parte mais importante. Durante as primeiras dez voltas tentei apenas segui o Dani (Pedrosa) e o Jorge (Lorenzo) e poupar os pneus. Assim que fiquei com menos combustível passei ao ataque. Depois tentei puxar um pouco mais, abri uma vantagem e consegui desfrutar da moto e fazer uns slides. Foi muito bom.”
Comentando o Campeonato no seu todo e as próximas corridas, Márquez continuou: “Os 25 pontos são importantes. Sinto-me muito bem aqui nos EUA e ganhei as três corridas aqui este ano. Isso é importante. Agora voltamos à Europa e vou tentar continuar da mesma forma.”
“Tive um fim-de-semana perfeito e vou tentar repeti-lo no futuro, mas será um pouco mais difícil. Ainda há muitas corridas pela frente e o Jorge e o Dani têm muito mais experiência. Sei que vou estar mais forte em alguns circuitos que noutros, veremos.”
A seu lado no pódio esteve o companheiro de equipa, que também conseguiu um resultado impressionante com o segundo, ainda para mais quando se tem em conta que Pedrosa não pôde treinar de forma conveniente durante a paragem de Verão devido à lesão na clavícula.
Dani Pedrosa afirmou: “Foi difícil porque a moto estava a escorregar, à frente e atrás, durante toda a corrida. Com o estilo que pilotagem que tenho agora (devido à lesão) estou muito estático na moto, pelo que não consegui gerir o escorregar da moto. Lutei ao longo de toda a corrida para me manter na moto. Nas últimas voltas consegui melhorar o meu ritmo e voltar ao segundo posto, o que é um bom resultado.”
“Foi impressionante porque este Verão só descansei e não consegui treinar. Estou muito contente.”
O Campeão do Mundo de MotoGP™ fez fantástica partida na corrida da categoria rainha do Red Bull Grande Prémio de Indianápolis, disparando para a liderança desde o segundo posto da grelha e rodando na primeira posição nos momentos iniciais.
Contudo, com o desenrolar da corrida o espanhol mostrou-se incapaz de se defender dos ataques de um muito forte Marc Márquez e, mais tarde, de um determinado Dani Pedrosa – que acabou mesmo por relegar Lorenzo para terceiro.
Foi o primeiro pódio do piloto da Yamaha desde a corrida em casa na Catalunha, dada a lesão que sofreu depois na clavícula em Assen e Sachsenring.
Mas tendo em conta que agora está a 35 pontos do talentoso estreante e líder da classificação, em terceiro no Campeonato, o resultado obtido este domingo por Lorenzo não era claramente o pretendido.
Jorge Lorenzo “Estou desapontado, não apenas por não ter ganho,” explicou Lorenzo. “O Marc esteve impressionantemente bem este fim-de-semana e na corrida foi mais rápido a cada volta que fez. Consegui segui-lo durante algumas voltas depois de me ultrapassar, mas depois o pneu traseiro começou, de repente, a perder muito e nem seque consegui defender o segundo posto.”
e continuou: “Tinhas grandes expectativas para este corrida porque tinha bom ritmo, mas depois parece que aconteceu algo estranho com o pneu traseiro e foi impossível fazer melhor.”
Lorenzo espera agora ganhar terreno a Márquez e Pedrosa na luta pelo ceptro no próximo fim-de-semana em Brno – onde foi segundo no ano passado e venceu a corrida de 2010.
Valentino Rossi descreve Indianapolis como uma pista que não sendo uma das suas favoritas nunca se mostrou confortável ao longo dos treinos livres e estava compreensivelmente frustrado por se ter qualificado no final da terceira linha.
Na verdade, o nono posto foi a sua pior qualificação com a Yamaha desde que foi décimo na grelha em Valência, em 2008, e com uma partida normal o “The Doctor” teve muito trabalho durante a prova.
Contudo, o nove vezes Campeão do Mundo animou o público presente ao longo das 27 voltas ao ultrapassar pilotos como Nicky Hayden, Bradley Smith, Stefan Bradl e Álvaro Bautista.
O italiano guardou no entanto o seu melhor para o final, levando a cabo uma audaciosa, mas limpa, manobra sobre Cal Crutchlow na última volta para garantir valioso quarto lugar e, assim, consolidar a mesma posição no Campeonato.
“No final a corrida não foi muito má,” reflectiu Rossi. “Em particular quando se comparado com o lugar na grelha de partida e em especial a segunda metade da corrida. Consegui rodar bem com a moto e desfrutar. Fiz um tempo por volta muito bom na segunda parte da corrida e tive grandes lutas com o Bradl e o Bautista, mas em particular com o Cal na última volta – foi muito divertido.”
“O quarto lugar é bom tendo em conta que esta é uma das piores pistas para mim e tendo em conta que parti em nono, estou muito contente,” acrescentou. “Ainda temos de trabalhar e compreender porque é que nas primeiras voltas não consigo rodar com a moto e usar a aderência extra do pneu. Na segunda parte, quando o pneu começa a escorregar, consigo entrar mais rápido nas curvas, ser mais lesto e fazer bons tempos por volta. Por isso, tenho de melhorar porque os três primeiros pilotos são muito fortes”
Rossi e a sua equipa rumam agora directamente para Brno para a segunda de três corridas consecutivas.
Envolvido em frenética luta durante a maior parte da corrida com o espanhol Álvaro Bautista, ele lutou depois pela quarta posição também com o nove vezes Campeão do Mundo Valentino Rossi.
Crutchlow fez uma fantástica última volta para manter Rossi e Bautista atrás de si e o quarto posto parecia garantido atrás de Marc Márquez, Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo. Mas ao cair do pano viu Rossi levar a melhor na última curva.
Carl Crutchlow “Estou mesmo contente por ter terminado a corrida nos cinco primeiros,” disse o piloto da Tech3. “Foi uma luta muito boa e gostei muito. Todos nós demos o máximo e o Álvaro rodou de forma brilhante. Crédito também ao Valentino porque recuperou muito tempo e não é fácil fazer o que fez no final da corrida. Sabia que se ia resumir à última volta e talvez mesmo à última curva e fiz tudo para manter o quarto lugar.”
“Fui forte ao longo de todo o fim-de-semana, o que me dá muita confiança para as próximas corridas em Brno e Silverstone, onde estive muito competitivo no ano passado,” rematou o britânico.
Durante a maior parte da corrida o piloto da GO&FUN Honda Gresini esteve envolvido em luta titânica pelo quarto lugar com Cal Crutchlow, da Monster Yamaha Tech3. No fim, ambos acabaram por ser batidos por Valentino Rossi (Yamaha Factory Racing), que lhes roubou a quarta posição nas últimas curvas.
Álvaro Batista “Estou mesmo contente e penso que fizemos uma grande corrida. É claro que preferia ter terminado em quarto, mas o sexto lugar e a forma como o conseguimos é um bom resultado. Infelizmente, tive de puxar pela frente com mais força do que queria na primeira parte da corrida e no final pagámos o preço, quando fui incapaz de defender a minha posição do Crutchlow.”
“É uma pena, mas estou contente de todas as formas; temos uma sensação fantástica com a moto neste momento e estamos a fazer um bom trabalho, pelo que quero agradecer à equipa e ao pessoal da Showa, Nissin e, é claro, da Honda. Agora podemos olhar para o futuro com mais confiança.”
A décima jornada da época no lendário Indianápolis Motor Speedway deixou o germânico um pouco insatisfeito, ainda para mais porque na corrida anterior garantiu soberbo segundo lugar em Laguna Seca.
Bradl foi consistentemente rápido ao longo dos treinos livres de Indy, mas sofreu duas quedas no sábado e sentiu alguma falta de confiança durante a corrida, que também foi fisicamente bastante exigente para o piloto Honda.
Stefan Bradl “Honestamente, estou um pouco desapontado com este resultado e tive sensações mistas este fim-de-semana,” admitiu. “No início estivemos muito fortes, mas depois das quedas nos treinos perdi alguma confiança. Tentámos ajustar a moto mas, durante a corrida, essas mudanças tornaram a moto demasiado pesada para mim.”
e acrescentou: “Não conseguia manter a mesma velocidade durante toda a corrida porque estava demasiado cansado, pelo que perdi para os que estavam à minha frente. Agora quero apenas ir para Brno e tentar voltar ao grupo da frente.”
Bradley Smith a sétima presença da época entre os dez primeiros. Smith fez uma partida fantástica e era quarto na primeira volta, mas acabou depois por perder posições e lutar com Andrea Dovizioso e Nicky Hayden pelo oitavo posto.
O jovem de 22 anos manteve sempre a pressão sobre os mais experientes rivais e colheu os frutos da determinação quando Hayden e Dovizioso saíram de pista na última curva.
Bradley Smith “A corrida foi muito excitante e fiz uma partida impressionante, mas senti que tinha um problema com a traseira da moto desde a primeira volta. Tive alguma sorte com as Ducati a saírem de pista, pelo que as pude passar na recta da meta no final. O oitavo lugar não é mau resultado, mas estou um pouco desapontado porque fiz um bom trabalho durante todo o fim-de-semana,” afirmou.
Com Hayden a fazer uma manobra arriscada para chegar ao oitavo lugar, ambos os pilotos passaram por cima dos correctores e perderam ritmo, o que permitiu a Bradley Smith (Monster Yamaha Tech3) reclamar a oitava posição. Foi praticamente um déjà vu, cá se fazem cá se pagam … já que no Dutch TT, em Assen, uma manobra de Dovizioso na última curva sobre Hayden levou a que ambos alargassem a trajectória; e curiosamente, também nessa altura Smith foi o grande beneficiado.
Nicky Hayden “Estava apenas a correr com o Dovi e ele puxa mesmo e não comete muitos erros. Andámos muito atrás e na última curva, da última volta, tocámo-nos, o que foi culpa minha. Quando a porta começou a fechar eu já estava totalmente colado e não queria que ele me batesse na roda da frente. Infelizmente, o Smith passou-nos sobre a reta da meta. É uma pena, mas ainda temos de melhorar a moto para a corrida. A prova correu-me melhor que no ano passado e os fãs foram muito bons para mim, mas adoraria ter obtido um melhor resultado.”
Andrea Dovizioso partilhou a sua versão dos acontecimentos: “A corrida tornou-se numa luta estratégica entre o Nicky e eu. Estou contente com a forma como geri a minha corrida porque consegui passá-lo na última volta, mas na última curva ele queria passar-me a qualquer custo, usando uma manobra mesmo agressiva. Não o esperava porque não deixei a porta aberta. O Nicky apareceu ao meu lado e tocámo-nos; não foi uma manobra segura – mas podemos dizer que foi um incidente de corrida. Fomos chamados à Direcção de Corrida por que é importante falar destas coisas e clarificámos logo tudo. Honestamente, estou aborrecido por ter perdido duas posições porque também queria manter o Smith atrás de mim. De todas as formas, não vale a pena criar controvérsia numa situação como esta, para mim está terminado.”