No 2º dia de treinos, os pilotos continuaram a sua adaptação ao novo Circuito das Américas em Austin, uma pista que se está a revelar bastante técnica, que apesar das suas curvas encadeadas, se está a tornar um circuito Honda, devido às acelerações. Na parte da manhã Marc Márquez, que também foi o mais rápido ontem, fez de novo melhor de tempo com 2’04 0,363, à frente de Stefan Bradl, que melhorou bastante relativamente e colocou a sua LCR Honda de MotoGP em segundo lugar com uma 2’04 0,640, depois de completar 17 voltas.
Dani Pedrosa quase conseguiu colocar todas as Honda no top-três com 2’04 0,686, batendo em 4 décimas o seu tempo de ontem, na 20 das 21 voltas que efectuou , mas o Campeão do Mundo Jorge Lorenzo Yamaha Factory Racing’s, bateu o seu tempo por 0,022 seg fazendo o tempo de 2’04 0,664.
A equipa Yamaha, que ontem tinha comunicado que tinha ainda trabalho a fazer para recuperar o atraso com seus rivais japoneses, viu não só o tempo de Lorenzo melhorar, como o seu companheiro de equipa Valentino Rossi melhorou quase um segundo, relativamente a ontem, depois de completar 29 voltas. No entanto Rossi fez a apenas 2’05 0,518.
A Yamaha já declarou que não vai disputar o último dia de testes na pista amanhã, garantindo já ter reunido todos os dados que pretendia no final do dia de hoje.
Marc Márquez “Hoje continuámos na mesma linha de ontem, tentámos encontrar as melhores afinações para a caixa de velocidades e electrónica, assim como a melhor geometria para esta pista. A pista estava muito escorregadia, em especial no início. Não esperava isso, pensei que depois de ontem a aderência estivesse melhor, mas foi melhorando a da volta e de tarde estava boa.”
“É muito difícil ser consistente porque tem muitas zonas de travagem forte e é complicado manter a concentração e travar sempre no mesmo ponto.”
“Quando estamos na pista e rodamos com outros pilotos como o Stefan, Valentino, Lorenzo e o Dani, temos de prestar atenção. Não podemos mostrar a nossa linha, nem qual é a melhor porque podem aprender alguma coisa. Mas quando é ao contrário eles fazem o mesmo.”
Dani Pedrosa “Só estou a fazer mais voltas. Mis nada. A aderência está muito parecida à de ontem, pelo que me estou a acostumar a fazer apenas algumas alterações à caixa de velocidades para me sentir mais confortável de forma gradual nas curvas com algumas velocidades. Mas isto não é local de referência para nós, ou para outros, por isso é complicado avaliar as alterações na moto.”
“É mesmo complicado julgar [a prestação dos Bridgestone] porque há apenas cinco motos a rodar e pouca borracha no solo. Hoje vamos testar mais umas coisas, mas a aderência é tão pouca que é difícil puxar.”
Jorge Lorenzo : “Hoje sinto-me melhor , na última run antes do almoço alterámos a afinação da segunda moto e melhorámos um pouco, pelo que estamos mais perto dos pilotos mais rápidos, mas não tanto como gostaríamos. Começámos com a suspensão muito macia, mas depois optamos por uma afinação mais dura e isso funcionou nesta pista… testámos diferentes afinações – nada de componentes novos, apenas jogámos com o acerto e alterámos suspensão e garfo – e na última saída melhorei em meio segundo (apenas) com alterações de afinação.”
Valentino Rossi :“As poucos e poucos melhorámos muito face a ontem, mas temos algumas desvantagens em comparação com as Honda,. O objectivo era vir aqui e tentar compreender a pista e estar pronto para a corrida.”
“Os nossos rivais conseguem acelerar mais depressa que nós desde o gancho e têm um pouco mais de aderência no limite que nós, por isso são áreas que temos de melhorar.”
Resultados 2º Dia:
1. Marc Márquez – Repsol Honda Team – 54 laps – 2’03.853
2. Dani Pedrosa – Repsol Honda Team – 58 laps – 2’03.976
3. Jorge Lorenzo – Yamaha Factory Racing – 65 laps – 2’04.351
4. Stefan Bradl – LCR Honda MotoGP – 49 laps – 2’04.640
5. Valentino Rossi – Yamaha Factory Racing – 67 laps – 2’04.960
6. Blake Young – Attack Performance – 47 laps – 2’13.641 – (CRT classe)
7. Michael Barnes – GPTech – 22 laps – 2’13.993 – (CRT classe)
Fonte: MotoGP
Desporto motorizado de duas rodas **Por Mário Andrade e António Vermelho **14/03/2013** | mandrade@ipressglobal.com
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Começou o teste privado de três dias da Honda e Yamaha no Circuito das Américas, em Austin , Texas que se torna na terceira mais longa do calendário depois de Silverstone e Sepang , foi terminada no ano passado e desde logo arrebatou os fãs dos desportos motorizados com as suas curvas e dramáticas variações de elevação.
Os pilotos oficiais presentes (Rossi, Lorenzo, Pedrosa, Marquez e Bradl) fizeram um primeiro teste nesta pista recentemente construída. A única CRT foi confiada a Blake Young, que vai correr como um wild-card no GP a 21 de Abril.
A dupla de pilotos da Yamaha foram os primeiros para a pista primeiro, seguidos de perto por Marquez, Bradl e Pedrosa. Os pilotos ainda procuram as referências para o novo traçado, e, claro, mas Marquez confirmou sua rápida adaptação ao liderar os tempos na parte da manhã.
Marc Marquez “Nós ainda nos a ganhar confiança com a pista, é difícil, enrolar o punho porque a aderência ainda é baixa, a moto estava derrapar muito . Estamos a melhor, mas. O Setup não está ainda no ponto sobretudo no que diz respeito à electrónica.
.” É um circuito de ataque, o que torna difícil acertar o equilíbrio da mota, O primeiro setor é o mais difícil, com uma série de curvas de esquerda-direita onde é difícil de encontrar a trajetória ideal sem se correr grandes riscos também, as três curvas para a direita na parte final são mais um desafio para encontrar a melhor trajetória. “
Na foto: as protecções de Ombro… !!!! de Marc Marquez
Dani Pedrosa : “ É uma pista de F1, não de mota. Todas as curvas ou quase são de pendente contrário e na reta os muros estão muito próximos, parece que estamos um túnel “
Valentino Rossi : “Penso que é muito importante vir aqui e conhecer a pista,” explicou o Campeão do Mundo. “Não a aprendi a 100% – preciso da mais voltas para ficar a saber quais as minhas trajectórias – mas de momento é uma pista muito bonita e muito completa, com todos os tipos de curvas.”
“De início foi complicado entender as linhas, mas melhorei em três segundos desde a primeira volta de hoje; isso significa que é uma pista complicada de aprender e onde é difícil dar o máximo. Penso que ter este tempo extra ajuda mais que em outros sítios… três ou quatro treinos antes da corrida não serão o bastante para a compreender, pelo que alguns pilotos que não vieram até cá vão estar em alguma desvantagem.”
Jorge Lorenzo salientou os ventos cruzados que provocam alguns problemas, e apontou também que com apenas cinco pilotos em ação esta semana, leva mais tempo que o usual para a pista ficar com uma linha limpa.
“É difícil compreender se tem muita aderência, ou não,” acrescentou. “É complicado saber se vai estar muito melhor no fim-de-semana de corrida, ou se só um pouco.”
Rossi também ficou surpreso com as instalações do COTA.
“Gosto mesmo da pista – a minha impressão é que é muito bonita,” iniciou o italiano. “É muito fluída, com muitas curvas rápidas e mudanças de direcção – é divertida de moto! Tem três ganchos muito apertados; é melhor para ultrapassagens na Fórmula 1, mas para nós são um pouco lentas. De forma geral a pista é boa.”
“A cidade é fantástica e a atmosfera muito boa, pelo que penso que será um local muito bom para um corrida. É muito importante ter este tempo num pista tão complicada – há muitas curvas cegas onde temos de compreender onde fica o ponto de travagem. É importante para o MotoGP ter uma terceira corrida na América; temos muitos bons pilotos dos EUA, pelo que faz sentido estar aqui.”
Desporto motorizado de duas rodas **Por Mário Andrade e António Vermelho **13/03/2013** | mandrade@ipressglobal.com