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As mulheres sentem-se mais distantes da União Europeia do que os homens. A falta de informação sobre as instituições comunitárias é a justificação da abstenção de 13% das mulheres, segundo o Eurobarómetro divulgado no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

A sondagem teve como pano de fundo as próximas eleições europeias, agendadas para Maio, e foi apresentada num seminário para jornalistas de toda a União Europeia (UE), sobre os temas da igualdade de género e da representação política feminina.

Em geral, o Eurobarómetro “Perceção das mulheres sobre a UE e principais preocupações com vista às eleições europeias de 2014” revela “poucas diferenças entre homens e mulheres” no que diz respeito às razões que elas e eles apresentam para exercer o voto.
A distinção mais significativa corresponde à integração europeia, que, atraindo pouco ambos os sexos, atrai ainda menos mulheres do que homens (14 para 19%).

Quase metade dos inquiridos defende que o voto é um dever cívico, sendo essa a principal razão a participarem nas europeias.
Nas razões para não votar, a falta de confiança nos políticos assume destaque, à semelhança de sondagens feitas anteriormente. Outro motivo também relevante é a falta de interesse na política. Apenas um quinto acredita que o voto possa mudar alguma coisa.

Contudo, é na falta de informação que os dois sexos mais se distinguem, com 13% das mulheres a justificarem a abstenção com o desconhecimento sobre as instituições comunitárias. Apenas oito por cento dos homens alegam a mesma razão, o que não quer dizer que tenham mais conhecimento, já que mais dificilmente assumem que não sabem.

No que diz respeito aos temas que mais incitam as pessoas a votarem nas europeias, o crescimento económico e o desemprego dominam claramente, liderando as preocupações tanto de mulheres como de homens.
As mulheres dão mais importância a áreas que afetam o quotidiano e a sociedade em geral, como as pensões e a saúde pública, estando “significativamente menos interessadas em assuntos europeus”.

A maioria dos homens e mulheres inquiridos vê-se conjuntamente como cidadãos de um determinado país e da UE e avalia a integração europeia como algo positivo. Ambos os sexos elegem a proteção dos direitos humanos como o valor pelo qual o Parlamento Europeu se deve bater mais, seguindo-se a igualdade de género, embora, neste caso, com uma significativa diferença entre o apoio feminino (38%) e o masculino (27%).

Quanto ao futuro, a luta contra a pobreza e a exclusão social é considerada uma prioridade por mais de metade dos inquiridos, muito acima das outras, seguindo-se a proteção dos consumidores, as melhorias da saúde pública e a coordenação de políticas económicas, fiscais e orçamentais.

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