Opinião Global**Por Tomás Rosa**15/12/2012
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Com a chegada desta época natalícia onde as famílias se encontram e partilham, as crianças anseiam o nascimento do dia 25 para abrir os presentes que o Pai Natal deixa nas cozinhas e junto às luminosas árvores – que irradiam as casas -, depois de descer a chaminé e beber um copo de leite acompanhado por bolachas, como reza a lenda.
No entanto, e ainda que a magia do Natal não dependa disso, este ano o Pai Natal estará nitidamente mais magro e trará menos presentes. E como poderão os pais explicar essa diminuição às crianças sem usar as maçónicas palavras de crise e austeridade?
Proponho que mostrem aos mais novos o melhor do Natal: o convívio, o prazer de (sorr)rir e brincar entre familiares e a oportunidade de saborear os doces e especialidades que as avós preparam com todo o amor.
O lado bom da crise é, a meu ver, o surgimento de novas prendas, mais originais, mais criativas, mais artesanais e com o cunho pessoal de cada um de nós. Por conseguinte, a troca de presentes não deixará de existir, mas o conteúdo e forma dos mesmos alterar-se-á e estes serão decerto mais especiais, pois neles vamos rever os traços das pessoas que dedicaram tempo a pensá-lo e a fazê-lo. Seja uma moldura com uma fotografia; um tapete de arraiolos; um poema com um desenho; um beijo; uma gargalhada. Tem maior impacto emocional, e é disso que mais precisamos: de emoções, de sentimentos e de menos consumo e materialismo. Vamos consumir, ideias, pensamentos. Vamos!
Em suma, podemos e devemos reconsiderar o conceito de prenda/presente: às vezes, a companhia de um familiar, amigo ou companheiro é muito melhor do que receber um objecto de valor elevado.
Este Natal terá mais mística, mais valor e… menos calorias. Bom Natal e sejam felizes! Mas atenção: façam tudo o que estiver ao vosso alcance para mudar o Natal dalguém, porque há muito Mundo além de nós…