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foto : EHT Collaboration

O primeiro buraco negro da história a ser fotografado, localizado no centro da galáxia Messier 87 (M87), a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra, já tem nome: foi batizado de Powehi.

A palavra – que tem raízes em “Kumulipo”, o poema épico da antiga religião havaiana – significa “a obscura fonte embelezada da criação infinita” e foi proposta pelo professor de línguas da Universidade do Havaí em Hilo, nos Estados Unidos, Larry Kimura.

Em comunicado, a instituição explica que o objeto espacial foi batizado com um nome havaiano porque dois dos telescópios que foram utilizados para a descoberta localizam-se no território deste estado norte-americano.

“Ter o privilégio de dar um nome havaiano à primeira confirmação científica de um buraco negro é muito importante para mim e para a minha linhagem havaiana”, disse Kimura.

primeira fotografia de um buraco negro, apresentada esta quarta-feira graças a oito telescópios do Event Horizon Telescope (EHT), é considerada um “marco na Astronomia“. “Vimos o que pensávamos não ser visível, vimos e fotografamos um buraco negro”, anunciou o líder do projeto do EHT, Sheperd Doeleman.

“Estamos a dar à humanidade o primeiro vislumbre de um buraco negro: uma porta única para fora do nosso Universo”, acrescentou Sheperd Doeleman. “Este é um marco na Astronomia, um feito científico sem precedentes levado a cabo por uma equipa [constituída] por mais de 200 cientistas”, frisou.

Katie Bouman, o “cérebro” por detrás do algoritmo

O marco na Astronomia foi conseguido graças ao trabalho de uma investigadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que desenvolveu um algoritmo para “ver o invisível”. “Há 3 anos, a estudante de pós-graduação Katie Bouman liderou a criação de um novo algoritmo para produzir a primeira imagem de um buraco negro. Hoje a imagem foi divulgada”, escreveu o MIT na sua conta de Twitter.

Em 2016, ao descrever o projeto em que trabalhava, Bouman disse que, para alcançar este feito, era necessário um “telescópio do tamanho da Terra”. Contudo, os especialistas conseguiram capturar o objeto espacial recolhendo dados dos radiotelescópios encontrados em todo o planeta e juntando-o posteriormente numa imagem conjunta utilizando para isso o algoritmo desenvolvido por Bouman.

Além de ser a autora do algoritmo, o cientista também realizou uma série de testes para confirmar que a fotografia não foi resultado de falha técnica, nota o britânico The Guardian.

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