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foto: Inácio Rosa / Lusa

O Papa Francisco disse hoje que Lisboa, cidade que acolheu a Jornada Mundial da Juventude, fica na memória dos jovens como casa da fraternidade e cidade dos sonhos, e agradeceu o trabalho para a concretização do evento, com um “obrigado”.

No final da oração do Angelus, na missa com que encerrou a JMJ, no Parque Tejo, em Lisboa, Francisco começou por agradecer ao cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e, nele, “à Igreja e a todo o povo português”.

Obrigado ao senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que nos acompanhou nos eventos destes dias, às instituições nacionais e locais pelo apoio e assistência que nos têm dado, aos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos”, prosseguiu.

Depois, agradeceu a Lisboa, dizendo que “vais ficar na memória destes jovens como a casa de fraternidade e a cidade de sonhos”.

“Exprimo também a minha gratidão ao cardeal Farrell, prefeito do Dicastério que organizou a JMJ com um comité local, e àqueles que prepararam estas jornadas, bem como a quantos as acompanharam com a oração”, afirmou.

Perante os cerca de milhão e meio de peregrinos presentes no Parque Tejo, o Papa dirigiu também um “obrigado aos voluntários”, pelo “seu grande serviço””.

“Um agradecimento especial a quem velou pela JMJ, os santos patronos do evento”, disse, destacando João Paulo II, que deu vida à Jornadas Mundial da Juventude, destacou.

No final, dirigiu um “obrigado” aos jovens. “Deus vê todo o bem que sois, só Ele conhece o que semeou nos vossos corações. Hoje vão partir daqui com aquilo que Deus semeou nos vossos corações”, referiu o Papa.

Francisco pediu-lhes que fixem “na mente e no coração os momentos mais belos”, para quando tiverem “momentos de cansaço e desânimo” e, talvez, a tentação de parar no caminho ou de vos fechar em si mesmos, “reavivar as experiências e a graça destes dias”.

Pediu também que nunca esqueçam que são “o santo povo fiel de Deus que caminha com a alegria do Evangelho”.

Depois, Francisco despediu-se dos participantes na Jornada. Pelas 11 horas, o Papa saiu do altar-palco e dirigiu-se de carro para a Nunciatura Apostólica, onde tem estado instalado, sendo saudado pelas pessoas que se encontravam ao longo do caminho e enquanto milhares de peregrinos estavam já a abandonar o recinto.

Adeus Lisboa, olá Seul

A capital da Coreia do Sul, Seul, é a próxima cidade a receber a Jornada Mundial da Juventude, em 2027, anunciou hoje o Papa. “A próxima Jornada vai ser na Coreia do Sul, em Seul, em 2027“, afirmou o Papa, após a missa de encerramento da JMJ no Parque Tejo.

A Jornada regressa assim ao continente asiático em 2027, depois de em 1995 se ter realizado nas Filipinas, com recorde de participantes. Segundo o site da JMJ, mais de quatro milhões de pessoas estiveram na missa de encerramento em Manila, capital das Filipinas, e o momento foi inscrito no Livro Guinness dos Recordes.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Este ano, pela primeira vez, realizou-se na capital portuguesa. O anúncio da escolha foi feito em 27 de janeiro de 2019, na missa de encerramento da JMJ no Panamá.

Na ocasião, o Papa Francisco, que presidia à JMJ, escreveu na sua conta no Twitter: “A vocês, queridos jovens, um muito obrigado. Continuem a caminhar, continuem a viver a fé e a compartilhá-la. Até Lisboa em 2022”. A JMJ em Lisboa acabou por ser adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.

Às 16:30, Francisco vai encontrar-se com voluntários da jornada no Passeio Marítimo de Algés, no concelho de Oeiras, encerrando assim a sua agenda de cinco dias no País.

Portugal superou a sua tarefa

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares afirmou hoje que “Portugal superou a sua tarefa” na organização da JMJ e salientou que os investimentos, feitos “dentro da legalidade”, ficam para o futuro.

No final da missa que marcou o fim da JMJ em Lisboa, Ana Catarina Mendes apontou que “foi a maior organização de sempre realizada” e defendeu que, passada esta semana, Portugal superou a sua tarefa, que era organizar e bem acolher”.

A governante considerou que o “Estado, sendo laico, soube acolher todos e soube estar à altura da responsabilidade de um evento desta natureza“, apontando que estiveram presentes jovens de “todas as nacionalidades” e “várias confissões religiosas”

Portugal demonstrou ser “um país de integração, de inclusão, que sabe acolher, que tem uma democracia forte”, acrescentou a ministra.

Ana Catarina Mendes referiu que também outros eventos de grande dimensão que Portugal acolheu, como a Expo98, o Euro2004 ou a Web Summit suscitaram dúvidas e críticas, mas foram “um sucesso e hoje ainda são uma marca”.

Apontando que é preciso “pensar qual é o benefício depois deste evento”, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares destacou que o Parque Tejo, a zona ribeirinha onde decorreu a missa celebrada hoje pelo Papa Francisco, é um investimento que “fica para o futuro”.

ZAP // Lusa

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