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Hoje escrevo sobre o tempo. Não, esta não é uma coluna sobre meteorologia, escrevo sobre o tempo da nossa vida e como o usamos ou desperdiçamos. Como diria Ricardo Reis (heterónimo Pessoano), a vida é curta e o tempo inexorável. É como o rio que passa e já não regressa. O problema é que, não lhe damos o devido valor, e não perdemos tempo a pensar na importância do tempo, passo a redundância.

Ora bem, vou até mais longe: as pessoas, independentemente da faixa etária, dizem que, esperam chegar à reforma – palavra que deverá de se usar daqui a duas décadas – para ter Vida. Porque, para muitos ter vida é poder estar no sofá a ver televisão e na praia a tomar banhos de sol.

E eu, como voluntário que sou, agarro neste tema para fazer a ponte entre a falta de atenção dada ao uso do nosso tempo e a sua utilização benéfica para os outros. Basta, por exemplo, ouvir discursar Elza Chambel, uma mulher com mais de 60 anos, que foi a cara do ano europeu do voluntariado (2011) e que tem mais energia do que os nossos jovens com 16, impressionante.

É um erro total pensar que o tempo que nós temos além da escola e do trabalho é só para descansar. Pensar é um bom uso mas agir é ainda melhor. E quanto mais ágeis  mais fácil se torna o Mundo, há sempre alguém que precisa da nossa mão,e da próxima vez que o seu filho lhe disser que não tem nada para fazer, explique-lhe isto. Ele irá perceber um dia. E nunca será tarde de mais. Será o momento de todos percebermos isso, talvez, eu percebi há algum tempo. E você?

Por: Tomás Rosa

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