O palácio e a tapada de Mafra vão avançar com um bilhete e programas de visita conjuntos, uma parceria que é firmada na segunda-feira entre as duas entidades com o intuito de aumentar o número de visitantes.
“Temos a possibilidade de dar ao visitante uma oferta que concilia as vertentes natural e cultural, que permite criar a ligação interna centenária entre o palácio e a tapada real, através da tapada militar, afirmou à agência Lusa o diretor do palácio, Mário Pereira.
“Queremos aproveitar o potencial turístico e aumentar o número de visitantes, ao mesmo tempo que o visitante beneficia de uma poupança, com o bilhete combinado”, acrescentou a diretora da tapada, Alda Mesquita.
Através do protocolo assinado entre as duas entidades e o Exército, cuja Escola de Armas está aí instalada, os turistas vão poder visitar o palácio e a tapada, com a abertura de uma porta no jardim do cerco e com a criação de um percurso de jipe da tapada militar até à tapada real.
O programa de visita vai passar a estar disponível aos visitantes numa primeira fase aos fins de semana, a partir de novembro, por 8,50 euros o bilhete.
A visita ao palácio custa atualmente seis euros, acrescidos de 8,50 se os visitantes quiserem fazer a visita à tapada de comboio, aos fins de semana, de seis euros, durante a semana, ou de 10,50 euros incluindo ainda a visita aos museus da caça e do património natural existentes aí existentes.
Desde meados de setembro que estão a ocorrer visitas de escolas à tapada e ao palácio, pelo preço de oito euros.
A parceria vai permitir também diversificar a oferta, com a criação de programas temáticos conjuntos, como visitas adaptadas aos currículos das escolas em áreas como a geologia, a botânica, a arquitetura do período barroco ou o período histórico do liberalismo.
Para o público, as duas entidades deverão disponibilizar, a partir de 2014, visitas ao sistema hidráulico ou alusivas aos veados, às estações do ano, assim como programas noturnos.
Em 2012, o palácio recebeu 240 mil visitantes e a tapada 36 mil, dos quais 20 mil foram estudantes.
Na segunda-feira, a tapada vai assinar também um protocolo com a Universidade de Aveiro, com vista à elaboração do respetivo plano estratégico, um documento que vai definir a gestão futura do espaço.
Com a valorização das valências cultural, ambiental, florestal, cinegética e turística, espera criar condições para a sua autossustentabilidade económica, reduzindo a subsidiarização do Estado, que tem vindo a diminuir nos últimos anos.
Lusa