O FC Porto fechou a 1ª volta da Liga NOS como “campeão de inverno”, ao vencer o V. Guimarães por 4-2, num grande espectáculo de futebol, que rendeu seis golos.
O Jogo explicado em Números
- Entrada dominadora do “dragão”, que aos dez minutos registava 63% de posse de bola. Porém, ainda não havia realizado qualquer remate, o mesmo acontecendo com o V. Guimarães, mais preocupado em tapar os caminhos da sua baliza.
- Aos 20 minutos ainda não havia qualquer remate na partida, e o jogo mantinha-se confuso e jogado aos repelões. Até que o que parecia mais improvável naquele momento aconteceu: golo do Vitória.
- O Porto rematara duas vezes, uma enquadrada, dentro do minuto 21, parecendo querer contrariar o que escrevemos anteriormente… mas quem marcou foi Raphinha, aos 22, a concluir, na esquerda, um cruzamento de Víctor García da direita. O Porto via-se em desvantagem por 1-0.
- A meia-hora chegava ao “dragão” com o Porto a correr atrás do prejuízo, com domínio total (65% de posse), cinco remates, mas apenas um enquadrado, tantos quanto o Vitória, na sua única tentativa. Destaque para Marega, que era, nesta fase, o mais rematador, mas com precisamente e o mesmo número de passes realizados: três.
- O V. Guimarães chegou ao descanso na frente, graças a uma excelente eficácia ofensiva, pois marcou no primeiro remate que realizou e chegou a esta altura apenas com um disparo enquadrado em três. O Porto registava 64% de posse de bola ao intervalo, oito remates, mas apenas dois com a melhor direcção.
- O melhor era Raphinha, com um GoalPoint Rating de 7.0. O jovem vimaranense marcou o golo dos minhotos e nesta altura registava já nove acções defensivas.
- Excelente reentrada do FC Porto, com Aboubakar a cabecear perante Douglas, mas o guardião vimaranense realizou uma estupenda defesa. Mas o guarda-redes nada pôde fazer aos 57 minutos quando, a cruzamento de Jesús Corona, Aboubakar surgiu na grande área para rematar de primeira para o 1-1. O empate parecia inevitável e aconteceu mesmo.
- O golo surgiu ao 15º remate portista, sétimo na segunda parte, o que demonstra a pressão dos “dragões” – o quarto enquadrado desde o descanso. O domínio dos homens da casa era tal que, nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, registavam 70% de posse de bola.
- Destaque para Brahimi que, aos 60 minutos, fizera dois passes para finalização e tentado oito vezes o drible, com impressionante sucesso em… sete – para além de três remates, um enquadrado.
- Adivinhava-se também o golo de Brahimi, que surgiu numa jogada de génio do argelino. Aos 62 minutos, o extremo fintou dois minhotos e, à saída de Douglas, picou a bola sobre o guarda-redes, para um tento de pura classe. Espectacular.
- O Vitória como que desapareceu no segundo tempo. Por volta dos 70 minutos, os vimaranenses não tinham qualquer remate desde o intervalo e tinham apenas 31% de posse de bola na segunda parte, para além de terem ganho somente 30% dos duelos que disputaram. O descanso fez mal aos visitantes e muito bem aos comandados de Sérgio Conceição.
- O 3-1 surgiu aos 79 minutos, por Marega, a cabecear quase sem marcação após cruzamento de Hernâni da direita. Um golo construído e concluído por jogadores que na época passada representavam os vimaranenses. O jogo estava decidido, mas o maliano acabaria por bisar, aos 83 minutos, também com um ex-Vitória a assistir, Ricardo Pereira.
- Ainda antes do final, Héldon imitou Brahimi, fintou 2 adversários e reduziu para 4-2.
O Homem do Jogo
Noite de grandes exibições no Dragão. A de Brahimi foi, sem dúvida, a mais empolgante, mas o nosso destaque desta noite vai para outro atacante, Moussa Marega.
Os números do maliano são de respeito e sustentam um excelente GoalPoint Rating de 8.5, fruto dos dois golos que marcou, conseguidos em oito remates, quatro deles enquadrados. Registou ainda dois dribles eficazes em outras tantas tentativas, para além de quatro acções defensivas.
Jogadores em foco
- Yacine Brahimi 8.3 – Grande exibição do argelino. O seu golo (o 2-1) foi deslumbrante e o corolário de uma prestação de “ganas”. O argelino fez quatro remates, dois enquadrados, três passes para finalização e teve sucesso em oito de nove tentativas de drible.
- Óliver Torres 7.1 – Muitas jornadas depois regressou à titularidade na Liga pelo Porto e não desperdiçou a oportunidade. Foi o terceiro melhor em campo, com um registo de dois passes para finalização, 93 acções com bola (apenas atrás das 94 de Jesús Corona) e nove acções defensivas, entre elas quatro desarmes.
- Jesús Corona 6.7 – O mexicano não deu descanso à defesa contrária. No momento em que saiu, aos 62 minutos, tinha mais cruzamentos eficazes (três) do que todos os outros jogadores em campo (dois), e terminou com quatro passes para finalização, entre eles uma assistência.
- Ricardo Pereira 6.6 – O lateral portista esteve em todas. Cinco desarmes, 94 acções com bola, oito vezes o esférico colocado na área contrária, dois dribles eficazes e uma assistência para golo são os números do internacional português.
- Raphinha 6.4 – O melhor do Vitória. Para além do golo que marcou, o extremo entregou-se ao trabalho de equipa com grande afinco, registando dez acções defensivas. O problema é que nove foram na primeira parte, sendo que na segunda pouco se viu.
// GoalPoint