Muita gente tem ido para a Venezuela sem saber bem o que os espera e acaba por perder tempo e dinheiro sem grandes resultados, pois ficam por lá a trabalhar ilegalmente, sem poderem sair do país porque as regras do serviço de estrangeiros assim o ditam. No entanto, o Governo português continua a incentivar, nomeadamente os portugueses e as portuguesas a partirem e a deixarem a sua pátria para poderem afirmar, posteriormente, que a taxa de desemprego está a baixar em Portugal.
Sem notas ou dicas sobre como organizarem a viagem, o iPressGlobal sabe que existem centenas de portugueses na Venezuela, atrapalhados financeiramente, sem dinheiro, manietados por um governo que oprime a liberdade de expressão e semeia um clima de medo e angústia.
Para emigrar é necessário preparar um bom curriculum , organizar uma viagem de busca de emprego e conhecer a realidade que se vive no país de destino, mas o desespero de muitos portugueses, desempregados, a venderem as suas casas em Portugal, que vão sendo penhoradas por falta de pagamento das prestações ao banco, a visionarem os seus bens a serem confiscados e a passarem fome, não os levam a identificar a região onde querem viver na Venezuela, ou a identificar, por exemplo, a lista de empresas objectivamente empregadoras.
É necessário que os portugueses saibam qual o interesse da empresa empregadora e porque querem contratá-lo. É necessário consultar sites e ter a certeza de que quando partem têm à sua espera um contrato de trabalho e, de facto, isso não está a acontecer.
É preciso que as pessoas tenham a noção que depois de chegarem ao aeroporto internacional é o terror o que os espera porque o Governo não deixa “pôr o pé em ramo verde” e passam a controlá-los cara a cara. Depois desconhecem que os táxis são caros para se deslocarem até à cidade pretendida e, de facto, existem autocarros seguros que os podem levar por um quinto do preço.
Há que pensar ainda em chegar a tempo às reuniões pois há edifícios que têm processos de segurança que demoram tempo. Lutar pela pontualidade implica, se houver algum atraso, comunicar por e-mail ou telefone e, isso implica ter consigo os contactos da empresa ou do empregador.
Sem querer aborrecer os leitores com a minha notícia aqui vai mais uma recomendação. A língua portuguesa é difícil de entender na Venezuela, por isso tente falar com sotaque por sua conta e risco.