foto : European Parliament / FLickr
Apesar de a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes, apontada à Presidência da República, já ter descartado uma possível candidatura, a onda de apoio em seu redor não pára de aumentar. Paulo Trigo Pereira junta-se a esta lista.
Em declarações ao jornal Público, o professor catedrático de Economia e ex-deputado independente eleito pelo PS, em 2015, Paulo Trigo Pereira assume o seu apoio a uma candidatura da embaixadora, antiga dirigente do PS e ex-eurodeputada, defendendo que “a sua candidatura seria salutar para o debate público e político”.
Paulo Trigo Pereira explica que o seu apoio a Ana Gomes “não tem a ver diretamente com Marcelo Rebelo de Sousa”, mas considera-a necessária, uma vez que, “apesar de o atual Presidente da República ter feito algumas coisas com qualidade”, ele “é uma pessoa conservadora e não representa a área socialista”.
O ex-deputado independente do PS, que rompeu com a bancada em 2018, valoriza a importância de “ter uma candidata como Ana Gomes, que tem tido uma atitude de grande frontalidade na defesa de causas muito importantes, como a transparência na vida política, o combate à corrupção e o funcionamento eficaz da Justiça”.
O ex-deputado não-inscrito afirma que reconhece em Ana Gomes “uma pessoa de grande coragem” e justifica que essa atitude foi demonstrada “recentemente em relação ao Luanda Leaks e a Isabel dos Santos”, lembrando que a ex-eurodeputada “foi das primeiras pessoas que tiveram coragem de enfrentar esta corrupção e lavagem de dinheiro por parte de Isabel dos Santos”.
Paulo Trigo Pereira, que integrou o grupo de dez economistas, coordenado por Mário Centeno, responsável pelo documento sobre políticas económicas que foi vertido para o programa eleitoral do PS, “Agenda para a Década”, junta-se assim a Francisco Assis, Henrique Neto e Paulo Pedroso, do PS, bem como Nuno Garoupa, Rui Tavares e Ricardo Sá Fernandes, de outras áreas políticas.
O nome de Ana Gomes tem sido apontado às eleições presidenciais, apesar desta já ter descartado uma eventual candidatura a Belém.
Marcelo disse só irá comunicar a sua decisão sobre uma eventual recandidatura nas presidenciais de 2021 após convocar eleições, “provavelmente em novembro“. Ventura anunciou, através de um vídeo enviado a dirigentes e militantes do Chega, que se vai candidatar à Presidência da República nas presidenciais de 2021.
Uma sondagem divulgada esta segunda-feira mostra que Marcelo continua a ser o favorito, mas perde força com a entrada em cena da antiga eurodeputada socialista.
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