- Pub -
foto: Leonor Ribeiro / Twitter

Esta é uma das propostas do Ministério da Educação contestadas pelos professores: “Ou concorrem ao país todo, ou são despedidos”.

Estamos em Março e, meio ano depois do início do ano lectivo, os protestos dos professores continuam.

Ainda no sábado passado houve novas grandes manifestações, quer em Lisboa, quer no Porto.

Os docentes não concordam com as as propostas do Ministério da Educação para o novo regime de recrutamento e colocação. E não se esquecem da recuperação integral das carreiras.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considera que há quatro propostas fulcrais que o Ministério da Educação deve alterar.

Uma delas é destacada nesta segunda-feira no jornal Correio da Manhã: os professores contratados têm de concorrer ao país todo para o ano lectivo seguinte.

O Governo quer que os professores que entram no quadro pela vinculação dinâmica tenham de concorrer a qualquer região.

Os docentes que têm vínculo com uma escola específica ficam fora dessa proposta, não têm de concorrer – correm é o risco de ficar sem alunos, algum tempo depois.

Vítor Godinho, da Fenprof, considera que esta é uma forma de o ministério avisar os professores que se vinculam que, “ou concorrem ao país todo, ou são despedidos”.

“O que tem de dizer é: para vincular só há lugar de quadro em Lisboa e no Algarve, e as pessoas fazem as suas opções”, acrescentou.

A Fenprof exige também que os 20 mil docentes de quadros de zona pedagógica, muitos deles deslocados, possam concorrer às áreas desejadas na mobilidade interna, para ficarem mais perto de casa.

Isso contraria a ideia do Governo, que só admite que esses professores concorram às três áreas mais próximas de onde já estão colocados.

As outras duas exigências: não querem que os professores com menos de 8 horas de aulas tenham de concorrer a todas as escolas do quadros de zona pedagógica; e querem revisão das ultrapassagens na vinculação.

Na próxima quinta-feira haverá nova reunião entre Ministério da Educação e sindicatos de professores. O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, já avisou: esta será a “última oportunidade” de negociação.

ZAP //

- Pub -

Deixe o seu comentário