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A Associação de Professores de Matemática considerou este sábado que o novo programa da disciplina é um “retrocesso”, com conteúdos inadequados à idade dos alunos, e acusa o ministério da Educação de estar afastado da realidade do ensino nas escolas.

“Não há nenhum país do mundo minimamente avançado que tenha este tipo de programa tão formalista, tão abstrato, com tantos conteúdos, tão extenso. Não há. E há países que estão com um desempenho muito melhor do que nós”, disse o você-presidente da Associação de Professores de Matemática (APM), Jaime Carvalho e Silva, durante uma conferência de imprensa, salientando que o novo programa é “um exagero de formalização matemática de abstração”.

A APM critica as novas regras de ensino da disciplina a partir de setembro próximo por introduzir conteúdos que são considerados “inadequados à faixa etária dos alunos em que são introduzidos”, alterar de forma desajustada os ciclos em que determinados conteúdos são introduzidos e pressupor “uma organização de todo o processo com uma grande determinação metodológica, sobretudo aquilo que está nas metas curriculares”.

A presidente da APM, Lurdes Figueiral, reprova sobretudo “a perspetiva pedagógica e metodológica da proposta” e a “a forma como são introduzidos alguns conteúdos”, considerando que tanto “esta equipa ministerial como as metas curriculares e do programa agora apresentado “estão afastados de como se aprende matemática nestes níveis de ensino e ignoram o que se passa nas escolas em termos de aprendizagem da matemática”.

LUSA
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