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Em 2011, a Puma comprometeu-se a eliminar completamente os produtos químicos perigosos do seu processo de fabrico até ao ano 2020.

A Puma afirmou ter enviado para teste roupa que a Greenpeace garantiu ter químicos tóxicos e admitiu que algumas concentrações ultrapassam o limite permitido pela empresa, mas assegurou cumprir as normas europeias e rejeitou danos à saúde humana.

Vestígios de substâncias nocivas “foram encontrados em concentrações que estão em linha com a regulação da União Europeia para esses químicos e, por isso, não causam nenhum dano à saúde humana”, disse à Lusa o porta-voz da Puma Internacional, Kerstin Neuber.

A marca internacional de roupa desportiva foi uma das várias que a organização ambiental Greenpeace escolheu para analisar a fim de verificar a existência de substâncias nocivas em peças de roupa da linha infantil.

Segundo um relatório divulgado, foram encontrados produtos tóxicos nocivos à saúde em roupa infantil de várias marcas internacionais vendidas em 25 países, como a Puma, mas também a Adidas, a Burberry, a Disney, a Primark ou a Nike.

A organização analisou 82 peças para crianças, desde camisas a sapatos e fatos de banho, de um conjunto de marcas que também incluiu a H&M, a American Apparel, a GAP, a Uniglo ou a Li-Ning.

De acordo com as análises, a maioria das peças continha químicos que causam perturbações hormonais ou afetam o processo reprodutivo.

Apesar de os níveis de substâncias encontrados serem considerados legais pela Puma, a marca “iniciou de imediato testes abrangentes dos produtos em questão através de um laboratório independente, já que algumas das concentrações de substâncias como o antimónio, NPE (nolilfenol), ftalatos e compostos organoestânicos que foram encontradas excediam as normas da própria empresa”, explicou Kerstin Neuber.

O porta-voz do grupo desportivo lembrou que a Puma desenvolveu e publicou, “há alguns anos”, uma “lista de restrições de substâncias que contém os princípios e os métodos de teste que asseguram que as concentrações das substâncias na lista estejam constantemente a ser verificadas e que os limites são cumpridos”.

Além disso, acrescentou, a Puma segue uma outra lista de regras para a manipulação de produtos químicos na produção manual de artigos da empresa.

“Ao realizar auditorias regulares ao processo de produção, a equipa de segurança da Puma, que é composta por 13 especialistas da Alemanha, Turquia, Filipinas, Índia e China, monitoriza os seus fornecedores em todo o mundo e garante o cumprimento de padrões sociais e ambientais”, afirmou Kerstin Neuber.

Os produtos analisados pela Greenpeace foram adquiridos entre Maio e Junho do ano passado em lojas oficiais das marcas situadas em países como a Espanha, a Itália, os Estados Unidos, a Colômbia, o México e a Argentina e foram fabricados em 12 estados.

A organização verificou que um terço da produção proveio da China, país que a Greenpeace defende dever ser o primeiro a ver a sua exportação bloqueada.

Lusa

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