A discussão sobre o uso de medicamentos como a Ritalina desde sempre teve uma grande repercussão junto de médicos, professores e pais. Hoje mais do que nunca, e porque o uso desta teve uma taxa de crescimento assustadora, o tema continua “desesperadamente” atual.
Verifica-se que em média, pelo menos um aluno, numa boa parte das turmas, nomeadamente do 1ºciclo, como forma de retaliar o chamada TDA ( Défice de atenção cognitiva) ou a Hiperatividade, toma uma destas “pilulas milagrosas” ( os droga com repercussões pesadas, depende do ponto de vista) cujo principio ativo é o Metilfenidato.
Sabemos disto e muito mais mas continuamos a optar por uma droga para encontrar o “milagre” do aparente sucesso escolar, que não se sabe se acontecerá e qual será a longo prazo o preço da toma de medicamentos como estes. Será um caminho fácil quando confrontados com a necessidade de tempo para encontrar outras soluções e vias de superação?
Penso nisto e coloco-me no lugar dos pais, questiono muito o uso de drogas e a forma como não a mudança social e agitação que lhe é consequente possa estar a levar a diagnósticos precipitados ou até incorretos destas “doenças mentais” que parecem destruir os ambiente saudáveis de aprendizagem e o normal decorrer do percurso escolar das crianças e jovens.
A verdade é a sociedade sujeita desde muito pequenos, bebés e crianças, a um ritmo alucinante de vida, a um sem fim de tecnologias que colocam aos nossos olhos milhares de imagens por segundo, falta de tempo para contactar com a natureza, falta de tempo para parar e brincar, o que me leva a questionar se esta mudança social, não trouxe uma mudança de comportamento que necessita de uma mudança estrutural no contexto escolar?
Este défice de atenção ou hiperatividade não será apenas confundido vezes sem conta com a síndrome do pensamento acelerado? Ou será apenas o resultado de uma inadequação dos métodos escolares às crianças de hoje?
Certamente o TDA existe, assim tal como, a Hiperatividade e não duvido que em alguns casos esta toma de medicação seja necessária, mas eu não descartaria um acompanhamento continue por parte de terapeutas e psicólogos que desenvolvessem com as crianças técnicas de promoção de centração, de relaxamento, de autocontrolo, de autoconhecimento e até de, em casos mais específicos, equilíbrio familiar.
A questão essa mantêm-se: Ritalina, sim ou não?
iPG //