Tal como havia sido anunciado no início do ano de 2015, os sacos plástico das superfícies comerciais passaram a custar 0,10 €. Estarão os portugueses bem informados sobre a medida? E o que pensam sobre a aplicação desta taxa? O iPressGlobal registou algumas opiniões de clientes, à porta de uma superfície comercial do grande Porto.
O pagamento de uma taxa sobre os sacos plásticos surgiu no final do ano passado, como uma medida da Fiscalidade Verde, tendo como preocupação a preservação da natureza e até da saúde humana. O objetivo é reduzir progressivamente o uso de sacos plástico por pessoas, chegando aos 35 em 2016. Com esta medida, o Governo espera alcançar 150 milhões de euros de receita líquida, que serão aplicados no desagravamento do IRS das famílias, no financiamento de projetos através do programa Natura.pt. e no reforço do Fundo de Conservação da Natureza. Do lado dos consumidores há quem não acredite neste interesse pela natureza, “O que está em causa não é só o ambiente são os interesses políticos.”, afirmou uma cliente, que preferiu anonimato.
Mas nem todos os sacos estão incluídos nesta medida, são pagos os sacos com uma espessura inferior a 50 microns, o que na verdade representa a maioria dos sacos existentes nas grandes superfícies, livrarias, farmácias e lojas de roupa que ainda não tenham optado pelos sacos de papel. Há quem ache uma falsa medida, como nos confidenciou a consumidora Isabel Silva, “Não concordo pelo facto dos novos sacos serem mais grossos e menos amigos do ambiente. Podiam manter-se os antigos que eram mais biodegradáveis e pagar-se menos.”
Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, já teve oportunidade de reafirmar que o objetivo principal desta taxa, é o de incentivar a mudança de comportamentos e não é o de cobrar receitas. Apesar disso há portuguese que acreditam que esta não é mais do que um modo de arrecadar dinheiro aos consumidores, tal como nos disse Helena Lima à saída do supermercado “Por um lado não concordo porque é mais um imposto para ajudar o estado a pagar uma divida, por um lado acho bem, vai evitar a acumulação de sacos, as pessoas por um simples kilo de arroz pediam um saco”
Já para a Quercus, e a Liga de Proteção da Natureza (LPN) esta é uma excelente medida, sendo que o reforço monetário direcionado para Fundo de Conservação da Natureza muito bem-vindo.
Chegaremos aos objetivos do governo? A ver vamos.
