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Foto: JOSÉ ANTÓNIO PEREIRA

Diz que falhou o SIRESP (mais uma criação PPP´s  que serviram para o decepamento o Estado), diz que falhou a Proteção civil, diz que falhou a GNR, diz que falhou o Governo e a ministra da Administração Interna. Este jogo de toca e foge, não vai ter fim até que sejam apurados as reais causas do incêndio e o que desorientação realmente houve durante a extinção.

Já passaram mais de quinze dias e continuam a não existir respostas, enquanto estas não aparecerem, este jogo de culpas irá levar ao agravamento das relações entre as várias instituições e à sua completa desordem. A Ministra da Administração Interna terá de fazer um esforço maior para acabar com todas estas insinuações e especulações, que em nada ajudam as vítimas, já de si numa tão frágil situação.

Já ouvimos a ministra dizer que prefere dar a cara a demitir-se, que passou por momentos muito difíceis, que este não foi o dia mais difícil da sua vida política, mas sim o dia mais difícil da sua vida e reconheceu que houve algo de “anómalo”, então comecem a dar respostas.

Não interessa às vítimas se a culpa foi de um raio que não existiu ou de uma descarga elétrica, se é do eucalipto ou da monocultura, interessa começar a perceber o que se passou e o que falhou, só isso poderá acalmar a ansiedade de quem passou por um inferno e sabe que onde existe prevenção a floresta não arde nesta grandeza desmedida, que o abandono, a desertificação e o desinvestimento existe e serão também factores que contribuíram para a origem desta calamidade.

A tragédia do Pedrogão Grande tem demasiados telhados de vidro e talvez seja mais um caso em que é mais fácil que a culpa morra solteira.

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