De acordo com o Ministério da Educação vão entrar para os quadros 3.000 e 3.200 professores, ao abrigo da vinculação extraordinária, um número que deixa muito a desejar entre docentes e sindicatos.
Serão entre 3.000 e 3.200 os docentes que vão garantir vaga na vinculação extraordinária, mas há quase 5.000 candidatos em condições de concorrer a essas vagas. Estes foram os dados lançados pelos sindicatos e confirmados por Alexandra Leitão, secretária de Estado Adjunta da Educação.
Como base para o concurso será levado em consideração a graduação profissional dos candidatos e dois critérios: cinco contratos nos últimos seis anos e pelo menos 12 anos de serviço.
Estas decisões foram o resultado da última reunião de sindicatos com a tutela, à saída da qual, Mário Nogueira, secretário geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), demostrou o seu desagrado pela não garantia de novos momentos de vinculação nos próximos anos. Aparentemente as reuniões negociais terminaram, sendo que as duas forças sindicais mais fortes na área da educação, Fenprof e Federação Nacional de Educação (FNE), não consideraram terem sido condições para dar o acordo à proposta da tutela para a revisão do regime de concurso.
Segundo palavras de Mário Nogueira “A Fenprof não dá o seu acordo a esta proposta, porque ela não resolve o problema da precariedade”.
Para Alexandra Leitão disse que “não há um acordo formal”, no entanto esta considerou que este foi “um processo negocial bem sucedido”, rejeitando que tenha havido retrocessos nas propostas do ME.
Os sindicatos manifestaram ainda o seu descontentamento, por ter sido apenas apresentada uma proposta relativa aos professores dos colégios privados com contrato de associação, sem negociação que vai permitir que os professores do privado concorram ao concurso de contratação inicial em condições de igualdade com os professores das escolas públicas, colocando-os na 2.ª prioridade do concurso e não na 3.ª, atrás dos colegas das escolas do Estado.
Para a Fenprof a “luta” não fica por aqui, esta federação vai voltar a organizar plenários com os professores, e posteriormente solicitar aos grupos parlamentar a apreciação do diploma que venha a resultar das negociações.
iPG