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Oito mil muçulmanos bósnios foram alvo de execuções e massacres há mais de 20 anos em Srebrenica no culminar de três anos de uma guerra brutal marcada por crimes de guerra e genocídio.

As forças sérvias bósnias que assassinaram os seus vizinhos muçulmanos bósnios, fizeram-no por pura vingança, por considerarem que a nação Sérvia não lhes pertencia. As execuções sumárias, a tortura e o flagelo assumido perante aquela minoria étnica foram testemunhados através dos milhares de corpos encontrados em valas comuns por toda a região.

Srebrenica foi o culminar de uma longa e mortífera série de acontecimentos. A ‘limpeza étnica’ era o objetivo para todos os homens não sérvios da Bósnia que já antes ficaram proibidos de poder circular pela cidade depois das 16h; proibidos de nadar e de pescar nos rios locais; proibidos de se juntarem em grupos com mais de três pessoas; proibidos de vender ou trocar apartamentos; proibidos de comunicar com outras pessoas de fora da cidade… e assim em diante, numa linguagem que parecia saída de um livro nazi.

Os acontecimentos nos anos que se seguiram foram marcados pelos campos de concentração, as violações em larga escala e a limpeza étnica em curso por todo o país.

Finalmente, o antigo líder sérvio-bósnio, Radovan Karadzic, foi esta quinta-feira condenado a 40 anos de prisão por dez dos 11 crimes de que estava acusado. O Tribunal Penal Internacional da ex-Jugoslávia considerou Karadzic culpado de genocídio e crimes de guerra contra a humanidade.

A justiça, se é que alguma vez poderá ser feita, deu agora mais um passo ao condenar o responsável pelos milhares de mortos e massacres contra um povo inteiro, vem com vinte anos de atraso mas chegou.

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