A taxa de mortalidade por COVID-19 em Portugal é de 5.5 por 100.000 habitantes, sendo por isso “inferior à da maioria dos países da Europa”, destacou esta quarta-feira o Secretário de Estado da Saúde. António Sales reconheceu que a Alemanha e a Áustria terão com uma taxa menor, mas este não deixa de ser um bom indicador.
Sobre a comparação de Portugal com países como Itália ou Espanha, o governante escusou-se a fazer comentários: “Não nos comparamos com outros países porque achamos que esta luta é uma luta global, não é uma disputa de números nem de países. Estamos solidários com os países mais próximos e mais longínquos”.
Lembrando que a curva epidémica mostra, de facto, um planalto, António Sales referiu que esta é “uma consequência do excelente comportamento e do excelente sinal de civismo que o povo português tem dado”. No entanto, ressalvou, esta “é uma luta em que se vão ganhando batalhas, mas essas são apenas batalhas de uma guerra global”.
O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, esclareceu que neste momento estão a ser consideradas mortes por COVID todas as pessoas que faleçam por COVID, independentemente da causa básica, que é classificação internacional da mortalidade. “Isto quer dizer que, do ponto de vista técnico, podemos ter um número de óbitos maior, comparativamente com outros países, que classifiquem de maneira diferente”.
Ainda sobre este tema, Diogo Cruz adiantou que Portugal está “com a malha o mais larga possível em relação aos países da Europa”.
Questionado se o país poderá escapar às tragédias espanhola e italiana, o Subdiretor-Geral da Saúde frisou que “temos tido em Portugal uma postura muito cautelosa”. Embora os números mostrem que “estamos numa fase mais tranquila”, a fase “só é tranquila e só vamos melhorar se todos cumprirmos aquilo a que nos propusemos”. Por isso, apelou, “vamos ser cautelosos, vamos continuar a trabalhar no dia-a-dia”. O objetivo, sublinhou Diogo Cruz, “é que o amanhã seja melhor do que o dia de hoje”.