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À parte de partidarismos, creio ser este um assunto público que merece atenção. 
Começando pelo caso mais falado e com mais impacto nos últimos meses, é de tentar perceber o por quê de o principal e mais antigo canal público -RTP- ter contratado o ex- Primeiro Ministro para fazer comentários em horário nobre.
Sem pensar (muito) nas audiências que enchem os bolsos do Director e outros interessados nessa jogada, alguém deveria zelar pela qualidade dos moralismos disparados à velocidade de flechas venenosas, e que comprometem algumas partes (PR) e sempre levantam questões inoportunas pelo seu carácter pessoal e rancoroso.
José Sócrates, sim, ele, que depois de sair do governo e de ter ido para Paris “estudar” e gastar o nosso dinheiro, vem, de peito cheio, exuberantemente falar como se a razão estivesse por de baixo dos seus cabelos já brancos- talvez não de sabedoria-pelo menos útil para servir o País, segundo pudémos assistir entre 2005-2011.
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Já a câmara de Santarém, falida, sejamos francos, muito por obra e graça das intervenções insensatas de Francisco Moita Flores, está agora à espera que as urnas abram e fechem, até que haja um real e justo substituto de mais um Sr. Doutor que decidiu abandonar o seu mandato em tais condições, com o intuito de se candidatar à Câmara de Oeiras. Enquanto o Povo apela aos valores dos nossos políticos, eles só conseguem farejar a oportunidade de obter mais e mais dinheiro e poder.
Esse sim, que corrompe! Também tem sempre uma opinião demagoga a apresentar, seja na televisão como ex-Inspector da PJ ou no Correio da Manhã, o jornal do Povo, dessa feita descrito e anunciado como Professor Universitário. Nunca como aquele Sr. que arruinou financeiramente uma cidade belíssima e que estava melhor, antes da sua eleição que tantas expectativas (boas) reservava.
Para juntar a este belíssimo top de bronze, denoto também o belo desempenho de Mário Soares nestes palcos comunicativos e de retórica: sim, o grande e histórico fundador do Partido Socialista. Parece tudo isto tão poético como as comunicações de Cavaco Silva.
Soares é pois tido como um Homem Histórico; nunca como aquele que, fora de Portugal, cuspiu na bandeira portuguesa. (Será preciso citar documentos ou todos se lembram?)
Somos Povo que esquece depressa. E há quem se aproveita disso.
Gostava que chutassem os Santanas e afins dos grandes palcos e dessem oportunidades aos jovens talentosos e estudiosos por este país fora, que merecem voz e devem falar, até para representar a faixa etária/ geração que está e será a mais afectada no meio de tudo isto.
Seria uma grande responsabilidade opinar e rebater factos, mas esses Senhores não precisam sobretudo desses vencimentos extra, até porque muitos têm reformas de Rei.
Quem sabe se as vozes engasgadas um dia não se soltam e mudam o statuos-quo que bem precisa um abanão para que possam cair as “maçãs podres”. Nem que seja um pouco. Espera-se assim pelo ponto de saturação, que já não demora.
TR
 Tomás Rosa, estudante na Escola Superior de Comunicação de Lisboa 
 
(Este artigo de opinião é de inteira responsabilidade do seu autor)
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