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Foto: aforero / Flickr  //

A autarquia de Amsterdão decidiu regulamentar as visitas guiadas pelo famoso Red Light District para proteger a intimidade das trabalhadoras sexuais, o que inclui a proibição de tirar fotos, a obrigação de virar as costas às vitrines e de mostrar respeito às prostitutas e à vizinhança.

 O Red Light District de Amesterdão, na Holanda, vai ter regras mais apertadas para os turistas que se desloquem ao famoso “bairro vermelho” da cidade, uma das mais movimentadas, onde há mais de 290 montras com prostitutas a oferecer os seus serviços.

“Não costumamos ter nenhum problema com os turistas, estamos habituadas, sempre mostraram respeito por nós. Há quem ria, quem toque nas vitrines para nos assustar ou tirar-nos fotografias. É normal que muitos se surpreendam, mas há alguns limites”, disse Caya, prostituta holandesa de 35 anos, à agência EFE.

Caya, que pediu para manter a sua verdadeira no anonimato, recorda que a prostituição é “um trabalho como outro qualquer“, no qual as prostitutas, como empregadas, devem “pagar os seus impostos, ser respeitada e levadas em conta” pelo Governo holandês.

O Câmara Municipal de Amesterdão decidiu agora começar a dar atenção às suas exigências, e lançou estas novas regras para proteger a privacidade das prostitutas. Por exemplo, os visitantes deverão virar as costas às montras enquanto o seu grupo estiver parado na rua a ouvir as explicações do seu guia turístico.

Os turistas também não podem fotografar as profissionais – algo que já era proibido no bairro, mas que muitos visitantes continuam a fazer. “Já em 2017 se falava em virar as costas às prostitutas quando um grupo de pessoas parava diante delas”, explicou Vera Al, porta-voz do município, citada pelo jornal espanhol El País.

“Pode-se olhar, claro, e todo a gente é livre de o fazer. Não é uma lei, é mais uma regulamentação. Queremos que as pessoas sejam respeitosas e não olhem demasiado fixamente, nem por muito tempo”, acrescentou o porta-voz.

Estas medidas, que entram em vigor eme abril, são destinadas especialmente às visitas em grupo, que serão limitados a um máximo de 20 pessoas.

ZAP //

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