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foto: Felipe Pilotto / Flickr

O concurso para contratar 459 médicos de medicina geral e familiar teve uma adesão na ordem dos 65%. Governo diz que é “motivo de preocupação”.

Um terço das vagas de um concurso que pretendia contratar 459 médicos de medicina geral e familiar ficou por preencher, o que para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde é “motivo de preocupação”.

“Estas 459 vagas tiveram uma adesão na ordem dos 63 a 65%, o que significa que, ainda assim, um terço das vagas ficou por preencher, o que é para nós, obviamente, um motivo de preocupação e de reflexão, de criar cada vez mais motivos de atratividade”, afirmou, esta segunda-feira, António Lacerda Sales.

Em declarações aos jornalistas em Lousada, no distrito do Porto, onde inaugurou as novas instalações da extensão de saúde de Lustosa, o governante disse que aquelas vagas ocorreram no âmbito do maior concurso de sempre lançado pela tutela para a contratação de pessoal médico, que incluiu, ainda, 1041 vagas para os cuidados hospitalares e 32 para saúde pública.

Ainda sobre as vagas abertas para 459 médicos de medicina geral e familiar, o secretário de Estado sinalizou que, “nesta adesão de cerca de 65% dos jovens colegas licenciados, não há uma homogeneidade nacional“, observando que no norte do país foram ocupadas todas as vagas (88).

“Isso é um bom indicador para nós, assim tivéssemos também Lisboa e Vale do Tejo com o mesmo nível de adesão”, afirmou.

Aludiu, depois, ao esforço que a tutela está a fazer para “dar homogeneidade a este processo”.

“Vamos ter agora uma segunda época, onde vamos estar muito atentos a esta questão, também às vagas carenciadas, que têm alguns estímulos, não só remuneratórios, mas [também] em termos de projeto e carreira”, disse, acrescentando: “Temos que dar continuidade a este esforço de dar condições aos novos médicos, nomeadamente através de novos projetos, novas carreiras e novos investimentos, que os colocam muito mais motivados”.

Lacerda Sales considerou, por outro lado, que o “Governo tem feito um grande esforço naquilo que é o reforço de recursos humanos [na saúde]”.

“Em 2015, estávamos como 1,3 milhões de pessoas sem médico de família. Depois, já no meio do ano de 2020, estávamos com cerca de 750 mil pessoas. Agora, reconhecidamente, piorámos cerca de 200 mil pessoas e estamos com cerca de 950 mil pessoas, mais um menos, sem médico de família. Por isso, temos de fazer um esforço ao nível os cuidados de saúde primários para melhorarmos esta cobertura”, disse.

// Lusa

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