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O incidente de Pedrogão Grande , fez com que Portugal assiste-se a uma tragédia sem memória no que a incêndios diz respeito. O facto de termos um clima favorável a fogos florestais, por esta altura do ano, não pode ser desculpa para nos limitarmos a sofrer estas fatalidades de forma pacífica e, nem nos deve levar a pensar que nada há a fazer.

Se somos, como se sabe, um país com tendência para fogos e que estes todos os anos (de forma mais ou menos violenta) devastam território. Então com é possível que existam estradas no meio de florestas aptas de arderem no verão, muitas pessoas morreram cercadas, quando tentavam fugir do fogo.

Não é possível, por isto, ouvirmos das mais altas dignidades do país que não existe falta de competência e que tudo foi feito como era possível. É ainda muito cedo para se apurarem responsabilidades, mas não se pode excluir que elas existam e, é isso que deve ser assumido pelos governantes. Deverá ser posta em prática uma investigação séria e profunda de que não foi de facto possível fazer mais e dar resposta a quem perdeu tudo. Não pode ser encarado de forma pacífica que o país não estava em alerta máximo, quando já se sabia que as temperaturas iriam estar em níveis elevadíssimos e por isso com tendência para incêndios, precisamos saber se a proteção civil estava preparada para estas condições atmosféricas já esperadas e de que forma.

Já agora e antes do branqueamento que todos se apressam a fazer, saber se haverá ou não realmente responsabilidades a apurar. Uma tragédia com mais de 60 mortes não pode ficar sem culpados, mesmo admitindo que seria sempre impossível conter este fogo sem danos de maior, é uma questão de respeito!

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