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Migração e refugiados dois termos que se tornaram constantes no dia-a-dia do mundo, e nas imagens reveladas pelos canais de televisão. Embora por objetivos e/ou razões diferentes milhares de pessoas, seres humanos, como cada um de nós, vê-se obrigado a deixar o seu país para trás, à procura de um futuro, a fugir da guerra.

As imagens, as palavras, as opiniões são constantes, cada um de nós tem a sua mas na realidade já nos colocamos no lugar de cada um destes migrantes, pessoas que se aventuram em embarcações sobrelotadas, sem condições alimentares e perdidos da família pelo sonho que se transforma em pesadelo. E se fossemos nós?

O iPressGlobal saiu a rua para tentar perceber o que levariam na mochila pessoas de diversas faixas etárias se tivessem na situação dos milhares de migrantes.

“Se tivesse de fugir do meu país levava na minha mala uma boa dose de coragem e espírito aventureiro”

Cerca de 1 milhão de migrantes – 27% dos quais são crianças – chegaram à Europa em 2015, na pior crise migratória na região desde a 2ª Guerra Mundial
Cerca de 1 milhão de migrantes – 27% dos quais são crianças – chegaram à Europa em 2015, na pior crise migratória na região desde a 2ª Guerra Mundial

O nosso mais jovem depoimento veio da Beatriz de 8 anos, esta afirmou que levava na sua mochila “peluches, alguma roupa, a escova dos dentes, a do cabelo e perfume”. Já a Rita, uma menina de 10 anos, não hesitou em dizer que na mochila dela “levava o telemóvel, roupa nova, bolachas e água”. Pelo caminho falamos também com o Daniel de 15 anos, que refletiu um pouco mais e acabou por responder “eu levava algum dinheiro, medicamentos, sapatilhas, roupa, água e uma toalha”. Daniela uma jovem da mesma idade do rapaz anterior levava consigo apenas roupa, comida, dinheiro e a escova dos dentes.

Mas a nossa investida não ficou por aqui, procuramos também a opinião de jovens adultos, acabamos por falar com Neusa, uma jovem de 18 anos que não abdicava de levar comida, o telemóvel, roupa e dinheiro. Já Verónica, uma estudante de 20 anos, afirmou que “Se tivesse de fugir do meu país, levava na mochila uma fotografia dos meus familiares para não os “perder” pelo caminho, comida, água, dinheiro e roupa. Também levaria o meu telemóvel e carregador por segurança.”

Pensando em questões menos materiais Karina de 29 anos, respondeu: “Se tivesse de fugir do meu país levava na minha mala uma boa dose de coragem e espírito aventureiro, para completar levaria mantimentos (não sabemos quando se pode comer novamente), produtos de higiene diária e algumas mudas de roupa.”

 “Levava o que fosse natural e necessário, como: alimentos, água e os entes queridos…”

 No nosso percurso encontramos a Carla, uma mulher de 40 anos que acaba de regressar de passagem de anos por um país estrangeiro, segundo suas palavras tendo em conta a sua experiência: “Levava o Cartão de cidadão, o cartão visa e o telemóvel com acesso à internet. Levava um livro, lenços de papel e uns phones.”

Já Arlindo, um homem na casa dos 60 anos, alguém com uma vida de experiência afirmou que “levava o que fosse natural e necessário, como: alimentos, água e os entes queridos… natural e não necessário se pudesse, livros”.

Longe da realidade dos que abandonam o seu país em guerra por uma vida de paz, todos em todas as faixas etárias recorrem ao básico para a sobrevivência para encher a sua mochila: alimentos e água. Não se esquecem alguns deles dos sentimentos, da família, sendo que os mais experientes não perdiam por nada um canto na sua mochila para um bom livro. Quem sabe o livro da sua vida!

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