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A recomendação da vacinação contra HPV surge agora como uma referência para o sexo masculino, tendo em conta a relevância “da carga da doença” também nos rapazes.

No nosso país, a vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Vacinação em outubro 2008, para todas as adolescentes com 13 anos de idade, tendo a 1 de outubro de 2014 esta recomendação sido alterada, abrangendo agora todas as raparigas entre os 10 e 13 anos de idade, num esquema de duas doses.

No documento de atualização, agora apresentado, sobre as recomendações de vacinas extra do Programa Nacional de Vacinação (PNV), elaborado pela Sociedade de Infeciologia Pediátrica (SIP) da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) é possível entender a importância de vacinar também os rapazes em fase de adolescência contra o HPV, tendo em conta que o vírus “é responsável, em todo o mundo e em ambos os sexos, por lesões benignas e neoplasias malignas, com incidência elevada”.

O documento alerta para o facto de o HPV ser “hoje considerado o segundo carcinogéneo mais importante, logo a seguir ao tabaco.”, estando “ associado a 5% dos cancros, em geral, e a 10% na mulher”.

Segundo a SIP, “os homens encontram-se em risco de desenvolver condilomas genitais, cancros do ânus, do pénis, da cabeça e pescoço e neoplasias intraepiteliais do pénis e ânus”. Tendo estes aspetos em consideração e sabendo-se que para além da proteção indireta a única forma de prevenção, uma vez que não existem rastreios para o efeito no que concerne a cancros causados pelo vírus em questão, é a vacinação, faz todo o sentido que a sua recomendação abranja igualmente o sexo masculino.

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