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No próximo dia 8 de março comemora-se mais um Dia Internacional da Mulher. Anos passados sobre aquele que foi o primeiro passo pela igualdade de direitos, as diferenças continuam e a violência contra as mulheres parece aumentar constantemente.

Prestes a comemorar-se mais um Dia Internacional da Mulher, ainda se sente a necessidade de manter a luta pela igualdade de oportunidades profissionais e de salário, mas o facto que mais merece atenção diz respeito à violência domestica. Em 2014 morreram em média 4 mulheres por mês perfazendo mais de 4 dezenas de mortes associadas à violência doméstica, nesse ano. Cerca de metade destas mulheres, ganharam a coragem de referenciar o seu caso juntos das autoridades mas nem assim sobreviveram. Em 19 por cento dos casos de homicídios decorriam nos tribunais processos-crime por violência doméstica, sendo que sobre 3 por cento das situações, exista já uma decisão judicial.

A justificação para crimes deste género reside em factos como o ciúme, motivos passionais a não-aceitação do fim de um relacionamento, levando a que as vitimas sofram e acabem por morrer dentro de portas, assassinadas com recurso a armas brancas ou armas de fogo.

Cerca de 85 por cento das vítimas de violência doméstica são mulheres e comparativamente a 2013 o aumento destes casos é alarmante.

Segundo dados estatísticos da APAV de 2014, de entre os crimes de violência doméstica, salientaram-se os maus tratos psíquicos, com cerca de 36,8 por centro (N=6400), seguidos dos maus tratos físicos que se encontram nos 26,9 por cento.

Entre as mais de 40 mortes, e segundo o relatório anual do Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA), o grupo mais expressivo é o das mulheres que mantêm ou mantiveram uma relação de intimidade com os homicidas, que representam 82 por cento das mortes (33 mulheres). Muitas destas mulheres deixaram filhos, mais de 122 crianças ficaram órfãs, vitimas muitas delas de uma vivência violenta.

As campanhas de sensibilização parecem não ser suficientes para reduzir estes números, novas iniciativas visam a educação para a não-violência e é urgente travar estes crimes.

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