Pelo menos trinta e sete estrangeiros, um argelino e 29 sequestradores foram mortos durante o sequestro de funcionários no campo de gás de In Amenas, no sudeste da Argélia, realizado por um grupo islâmico, anunciou hoje o primeiro-ministro argelino.
“Trinta e sete estrangeiros de oito nacionalidades diferentes foram mortos no episódio sangrento que durou quatro dias”, disse o primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal.
Trata-se de um balanço provisório, segundo o primeiro-ministro argelino.
Cinco estrangeiros ainda estão desaparecidos depois do ataque do grupo islâmico, que aconteceu na quarta-feira, no gigante campo de gás de In Amenas.
Sellal não divulgou as nacionalidades das vítimas. Entre os estrangeiros mortos confirmados estão um francês, um americano, dois romenos, três britânicos, seis filipinos e sete japoneses.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, confirmou hoje a morte dos sete japoneses.
“Fui informado pelo ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros, Minoru Kiuchi, que a morte de sete japoneses foi confirmada após a identificação dos corpos num hospital de In Amenas”, indicou Abe.
Dos 37 corpos de vítimas estrangeiras, sete ainda não foram identificados.
“Numerosos estrangeiros foram mortos com uma bala na cabeça”, acrescentou o primeiro-ministro, dizendo ainda que no total eram 790 funcionários a trabalhar no local, 134 estrangeiros de 26 nacionalidades.
Entre os sequestradores, 29 foram mortos e três foram presos, segundo o primeiro-ministro.
“Os trinta e dois terroristas vieram do norte do Mali”, indicou ainda.
Os sequestradores eram membros dos Signatários pelo Sangue, um grupo criado por Mokhtar Belmokhtar, um dos fundadores da Al-Qaida do Magreb Islâmico (AQMI), que deixou o movimento em outubro para lançar o seu próprio grupo.
O argelino Mohamed el-Amine Benchenab dirigiu o grupo islamita no ataque ao complexo de gás.
Benchenab, muito conhecido pelos serviços de inteligência, foi morto durante o assalto lançado pelas forças de segurança argelinas, declarou ainda Sellal.
Entre os sequestradores estavam três argelinos e os outros tinham nacionalidade canadiana, egípcia, tunisina, maliana, nigeriana e mauritana.