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O Presidente eleito dos Estados Unidos decidiu atribuir o Departamento de Justiça ao controverso senador Jeff Sessions e convidou Mike Pompeo, um republicano associado ao movimento conservador Tea Party, para chefiar a CIA.

Estas informações estão a ser avançadas pelos media norte-americanos que citam fontes próximas, não identificadas, da equipa de transição de Trump.

O possível novo procurador-geral dos EUA (o equivalente ao ministro da Justiça português) Jeff Sessions, de 69 anos, tem sido uma das vozes mais ativas contra a imigração ilegal, um dos principais temas da campanha eleitoral de Trump, que prometeu expulsar os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem atualmente em território norte-americano.

Oriundo do sul dos Estados Unidos, Sessions representa o estado do Alabama no Senado desde 1997 e assumiu protagonismo quando se opôs, durante as administrações de George W. Bush e de Barack Obama, a vários projetos para a regularização de imigrantes ilegais. Também tem gerado controvérsia por causa dos seus comentários racistas.

Atualmente, e desde abril de 2015, o cargo do procurador-geral é assumido pela advogada Loretta Elizabeth Lynch.

De acordo com fontes não identificadas da equipa de transição, igualmente citadas pelos media, o multimilionário convidou ainda para a liderança da Agência Central de Inteligência (CIA) Mike Pompeo, de 52 anos, que representa o estado do Kansas na Câmara dos Representantes.

Associado ao Tea Party (ala mais conservadora do Partido Republicano), Pompeo integrou a comissão de inquérito do Congresso – atualmente dominado pelos republicanos – sobre o ataque à missão diplomática americana em Benghazi (Líbia) em 2012, no qual quatro cidadãos americanos morreram, incluindo o embaixador Chris Stevens.

Num relatório de 800 páginas, esta comissão acusou a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton, na altura do ataque secretária de Estado, de ter minimizado a ameaça ‘jihadista’ na Líbia.

Os media americanos estão ainda a avançar que o lugar de conselheiro para a segurança nacional será entregue ao tenente-general aposentado Michael Flynn, de 58 anos. Flynn chefiou os serviços secretos militares (Defense Intelligence Agency) entre 2012 e 2014.

A estação de televisão CNN referiu que um anúncio oficial sobre estas nomeações é esperado ainda hoje.

/Lusa

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