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Tal como aconteceu no ano passado, os colégios de ensino especial iniciam o ano letivo sem saber quando vão receber o financiamento do Estado, ao abrigo dos contratos de cooperação que definem o pagamento de um determinado montante por aluno.

O presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, diz que o único problema é a incerteza em relação ao financiamento, e garante que não é por falta de aviso.

“Temos vindo, desde o início do verão, a alertar os serviços do Ministério da Educação para a necessidade de se avançar com a contratualização do ano letivo que inicia para o ensino especial e a verdade é que, infelizmente, à semelhança do que aconteceu no ano letivo anterior, não temos ainda qualquer indicação, facto que nos preocupa e que nos deixa bastante inquietos”, afirmou.

De acordo com a TSF, os colégios de ensino especial estão a pedir ao governo que avance rapidamente com o financiamento para que não se repita o que aconteceu no ano passado – em que a dívida só foi paga em fevereiro, depois dos estabelecimentos ameaçarem não abrir portas no segundo período.

No ano passado, o governo pagou quase 4,4 milhões de euros por cerca de 600 alunos do ensino especial e, este ano, as aulas voltam a começar sem que a questão esteja resolvida.

“O ano passado foi um ano terrível, só em fevereiro é que recebemos o devido, não é possível que a situação se repita este ano”, adiantou Queiroz e Melo.

O Ministério da Educação garante que está a tentar resolver a situação o mais depressa possível.

BZR, ZAP

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