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A Hungria perdeu mais de 350 mil jovens nos últimos anos, que fugiram dos baixos salários, e agora quer recrutar trabalhadores estrangeiros – desde que respeitem os valores do país.

De acordo com o jornal El País, o governo húngaro quer contratar trabalhadores para fazer frente à grande vaga de emigração registada após a entrada do país na União Europeia, mas têm de ser cristãos e respeitar os valores da sociedade.

Recentemente, o ministro da economia húngaro Mihály Varga reconheceu que o país tinha falta de trabalhadores, mas alegou que a oferta de emprego apenas deveria ser permitida aos estrangeiros com semelhanças “culturais e históricas” às da Hungria.

O governo salienta que a “identidade” e os “valores cristãos” na Hungria devem ser preservados.

Várias empresas do país estão a recrutar funcionários estrangeiros, depois de milhares de jovens terem abandonado a Hungria à procura de melhores condições laborais, como um salário acima dos 580 euros que correspondem ao atual salário mínimo.

O governo criou uma campanha para “recuperar” os jovens que emigraram, mas apenas 105 regressaram e a iniciativa fracassou, depois de ter custado aos cofres do estado mais de 400 mil euros.

No último domingo, o país realizou um referendo sobre o plano de relocalização dos migrantes entre os Estados-membros da União Europeia.

Os húngaros foram chamados a responder à seguinte pergunta: “Querem que a União Europeia tenha o poder de decretar a relocalização obrigatória de cidadãos não-húngaros na Hungria sem a aprovação do Parlamento húngaro?”, e venceu o “não”.

No entanto, como menos de 50% dos cidadãos participaram na votação, o referendo foi inválido.

Para o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, o referendo foi uma vitória, uma vez que não interessava a taxa de participação mas a vitória do “não”.

BZR, ZAP

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