O novo método de tratamento, apelidado de imunoterapia, é um tipo de tratamento de cancro que usa o próprio sistema imunitário do doente para combater as células cancerígenas.
Segundo o Futurism, o processo consiste na aplicação de uma vacina com material genético (RNA) das células cancerígenas do paciente no seu próprio sistema imunológico – o que ajuda o corpo a diferenciar as células más, facilitando o combate do próprio corpo à doença.
A identificação das células prejudiciais é um dos principais desafios no tratamento do cancro porque, em várias situações, o organismo não é capaz de diferenciá-las por serem semelhantes à células normais.
No entanto, depois de os cientistas aplicarem o RNA das células cancerígenas, a produção de anticorpos é estimulada porque passam a ser reconhecidas como células de uma espécie diferente.
O método é considerado universal, já que qualquer paciente poderia usar o material genético das suas próprias células cancerígenas para o seu tratamento, independentemente do tipo de cancro.
A experiência foi desenvolvida por cientistas da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, na Alemanha e os resultados foram publicados na Nature.
Nos testes realizados, três pacientes diagnosticados com melanoma e tratados com a imunoterapia só apresentaram sintomas leves de “gripe” como efeitos colaterais, mas nada que se compare às complicações dos tratamentos como a quimioterapia.
Além disso, segundo o The Independent, um dos pacientes já apresentou uma redução num dos tumores, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que o novo tratamento possa ser aplicado oficialmente.
Apesar de os testes preliminares terem sido bem sucedidos, o método ainda precisa de ser testado por órgãos reguladores da saúde, como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos – que pode demorar 8 anos a aprovar um novo tipo de medicação ou tratamento.
Mas estes resultados abrem caminho ao que muitos consideram o (impossível) Santo Graal da medicina – uma vacina universal contra o cancro.
ZAP / Ciberia