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foto: Fenprof / Facebook

Com “mais de 150 mil pessoas”, a manifestação deste sábado em Lisboa foi talvez a maior de sempre de professores. O STOP criticou o secretário-geral da Fenprof.

A manifestação convocada pela Fenprof para este sábado cumpriu as expectativas, contando com “mais de 150 mil pessoas a descer a Avenida” da Liberdade, segundo o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.

“Não nos vamos calar. Habituem-se”, clamavam os docentes ao longo da marcha. O protesto contou com a participação de mais de uma dezena de sindicatos de professores, unidos pelas mesmas causas.

Mário Nogueira disse que esta foi “provavelmente” a “maior manifestação de sempre de professores e educadores em Portugal”. Um dado que já tinha sido avançado pelo ZAP.

Segundo a organização, quando os primeiros manifestantes começaram a chegar ao Terreiro do Paço, os últimos ainda não tinham saído do Marquês de Pombal.

Citada pelo Observador, a Fenprof garante que nas negociações com o Ministério da Educação, nos próximos dias 15 e 17 de fevereiro, “o Governo tem que dar muitos passos em frente”.

No seu discurso, o sindicalista avisou que nunca vai aceita que “desta negociação não saia a recuperação integral do tempo de serviço”, uma vez que “o tempo trabalhado não pode ser roubado”.

“Não gozam mais connosco, respeitam a profissão porque”, caso contrário, “um dia as escolas não têm professores”.

Mário Nogueira propôs que a próxima semana seja de luto pela profissão, convidando todas as escolas para usarem “faixas negras” e que, especificamente nos dias 15 e 17 de fevereiro, “todas as escolas do país tenham momentos de paragem e de permanência à porta”.

“Vamos fazer um momento 4D, que não 4 dimensões, é de quatro dias de debate democrático pela dignificação da docência”, disse ainda o líder da Fenprof. O “momento 4D” ocorrerá nos dias 23, 24, 27 e 28 de fevereiro.

Caso não haja acordo com o Governo nas negociações que se avizinham, a Fenprof propõe que no dia 2 de março “todos os distritos do país, de Coimbra para Norte, façam greve“. O dia culminaria com uma grande manifestação no Porto.

Por sua vez, no dia 3 de março, a greve segue para “todos os distritos de Leiria para Sul”, com uma “grande manifestação em Lisboa”.

Comício paralelo e fogo-amigo do STOP

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que ainda tem uma greve a decorrer nas escolas, não faz parte dos organizadores, mas esteve presente.

O líder do sindicato, André Pestana, fez um comício paralelo durante discurso de Mário Nogueira. O momento foi partilhado nas redes sociais pelo jornalista do Observador João Porfírio.

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