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A federação do Quénia já prometeu uma “ação muito rigorosa” caso se comprove que Jeptoo mentiu

 

A queniana Rita Jeptoo, considerada a melhor maratonista do Mundo, poderá andar a dopar-se há mais de três anos, segundo o seu ex-marido, que forneceu documentos à agência France Press.

Estes dados surgem uma semana depois de a federação de atletismo do seu país ter revelado um controlo positivo de eritropoietina (EPO): a atleta de 33 anos negou as acusações e pediu contra-análise. Em carta de abril de 2013, aquando do início do processo de separação, o advogado do marido de Jeptoo dava conta à atleta de que o seu companheiro tinha “percebido que ela tinha recorrido a uma hormona desaconselhada ou interdita que aumentava os glóbulos vermelhos no sangue”.

Face a essa informação, o advogado avisou a maratonista de que o seu marido estava pronto a “enviar o dossier de doping” à federação queniana e Agência Mundial Antidoping (AMA) caso não chegassem a um acordo financeiro, no processo de divórcio. Me Rioba Omboto, o causídico em causa, confirmou que esta correspondência foi feita antes das vitórias de Jeptoo nas maratonas de Boston e Chicago. “Realmente, sinto muito pelo que está a acontecer à Rita, mas eu vi isso acontecer”, disse.

Rita Jeptoo ainda não reagiu publicamente após as denúncias de doping.

A organização da World Marathon Majors (WMM), que reúne as seis maiores do Mundo (Berlim, Boston, Chicago, Londres, Nova Iorque e Tóquio), suspendeu, entretanto, a entrega do prémio “maratonista do ano”, no valor de cerca de 400.000 euros, que deveria ter sido feito no passado fim de semana em Nova Iorque.

A AMA já tinha chamado a atenção às autoridades quenianas, alertando-as para maior rigor no contro antidoping, depois de entre janeiro de 2012 e junho de 2013 ter apanhado quase 20 atletas nas “malhas” do doping, embora nenhum do calibre de Jeptoo.

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