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António Guterres tem provas dadas, não só em relação ao excelente trabalho como Alto-comissário para os Refugiados mas também, no escrutínio exigido para secretário-geral da ONU, anda há já cinco sessões a discursar e a responder a perguntas perante o Conselho de Segurança.

Pelos vistos não é suficiente, após o fracasso da candidatura da búlgara Irina Bokova, pouco preparada, aparece agora uma sua compatriota a tentar alcançar o lugar.

A pergunta que se impõe é sem dúvida o que andou Guterres todos estes meses a fazer? Como é possível alguém aparecer a meio de um escrutínio, em que os outros visados têm prestado provas com distinção e ser aceite sem qualquer pudor.

Acontece quando tudo se decide entre os chefes dos cinco países membros permanentes, com direito de veto, ao que parece esses países consideram que chegou a vez de uma mulher e do leste da Europa assumir o cargo.

Kristalina Georgieva poderá conseguir o cargo não por ser melhor que Guterres, apenas consegui-lo-á por ser mulher e porque num organismo internacional que engloba cerca de duas centenas de países de facto só cinco é que mandam.

 Esta injusta “vitória na secretaria”, em nada contribuirá para o prestígio da ONU e lamentavelmente apenas servirá para demonstrar a decadência da Comissão Europeia, onde Kristalina era vice-presidente com o pelouro do Orçamento comunitário, o que poderá indiciar uma fuga, sendo a ONU a escapatória perfeita.

Tudo isto com a bênção dos nossos mais altos dirigentes europeus.

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