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A instituição de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, acusa a indústria pesqueira tailandesa de situações de abusos sobre os trabalhadores.

A organização Human Rights Watch instou o governo tailandês a cancelar o plano que remete presos comuns a trabalho em barcos de pesca, numa medida que visa mitigar o tráfico humano no sector pesqueiro do país. Mais de 170 presos com condenações de cerca de um ano começam a trabalhar nas próximas semanas em navios ao largo da província de Samut Sakhon, sudoeste de Banguecoque, explicou o ministro do Trabalho, Surasak Kanchanrat, há uma semana.

Segundo os dados oficiais até 2.830 presos poderiam optar por esta forma de cumprimento de parte da sua pena. Vários activistas e organizações de defesa dos Direitos Humanos acusam a indústria pesqueira tailandesa de abusos aos seus trabalhadores e de recorrerem às máfias de tráfico de pessoas para forçarem os indivíduos a trabalhar.

“É uma perigosa irresponsabilidade da parte do Ministério do Trabalho conduzir os prisioneiros a trabalharem a bordo da abusiva frota pesqueira tailandesa (…) o Ministério não sabe sequer inspeccionar as embarcações e muito menos prevenir os abusos da parte da tripulação contra os presos”, assinalou, em comunicado, Brad Adamns, director da Human Rights Watch.

A dureza do trabalho e o parco salário dos trabalhadores tailandeses na indústria pesqueira fez com que aquele sector careça de mão-de-obra. A Tailândia é o terceiro exportador mundial de marisco e um dos maiores abastecedores dos mercados europeu e norte-americanos.

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