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A gigante alemã thyssenkrupp vai passar a usar os óculos holográficos da Microsoft, HoloLens, para ajudar os técnicos de manutenção de elevadores a trabalharem de forma mais rápida e eficiente. A parceria foi anunciada esta quinta-feira numa conferência em Nova Iorque, e o Dinheiro Vivo testou uma das aplicações desenvolvidas pela thyssenkrupp para os óculos de realidade misturada.

“Estamos em parceria com a Microsoft para levarmos big data, computação na nuvem emachine learning à indústria dos elevadores”, afirmou o CEO da thyssenkrupp, Andreas Schierenbeck, na apresentação da parceria, que teve lugar no One World Trade Center.

Aqui, há 71 elevadores, um dos quais “o mais rápido das Américas” e 12 escadas rolantes. O problema é que os componentes vêm de vários locais do mundo, como Espanha e Brasil, e quando há avarias é pouco eficiente mandar vir um técnico desses países. “Decidimos usar o HoloLens”, sublinhou Andreas, referindo a combinação de machine learning e mãos livres do aparelho (até aqui, um técnico teria de usar o portátil).

“Isto está a abrir um campo de aplicações totalmente novas na indústria dos elevadores”, adiantou o CEO. “Agora, não temos de enviar um engenheiro do Brasil ou da Alemanha. O especialista pode ver o que o técnico está a ver e dar suporte remoto.”

A adesão ao HoloLens, um gadget que a Microsoft anunciou em janeiro de 2015 e que ainda está em desenvolvimento, com versão limitada a programadores e parceiros, segue-se à aplicação da MAX. É uma solução de manutenção preditiva, que usa sensores e computação na nuvem para prever que partes dos elevadores vão deixar de funcionar.

O HoloLens permitirá ao técnico fazer trabalho preventivo e “mostrar” o que vê a um especialista noutra parte do mundo. Os testes da tecnologia estão a ser feitos nos Estados Unidos, Espanha e Alemanha, e irão em breve chegar a Portugal.

Esta versão empresarial do HoloLens tem um formato parecido com os óculos de realidade virtual. É fácil de ajustar na cabeça, confortável e com bom campo de visualização. Mas, ao contrário da realidade virtual, o utilizadores continua a ver tudo o que o rodeia – daí a expressão realidade misturada.

Tem processador e placa gráfica integrados, pelo que é um autêntico computador autónomo. Responde a comandos de voz e tem alguns gestos próprios, que não demoram muito a aprender. Em poucos minutos, conseguimos perceber as subtilezas dos comandos e controlar facilmente a aplicação. Quando chega à Europa? Não há data marcada, mas foram prometidas novidades ainda para 2016.

DINHEIRO VIVO

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