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Um em cada cinco portugueses adultos tem anemia, o que significa uma prevalência do problema em Portugal na ordem dos 20%, um valor superior ao estimado pela Organização Mundial da Saúde, segundo um estudo hoje divulgado.

Realizado pela Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia, trata-se do primeiro estudo epidemiológico feito em Portugal sobre a doença, feito com uma amostra representativa da população portuguesa adulta.

De acordo com os dados do estudo, a que a agência Lusa teve acesso, 84% das pessoas com anemia não sabe que tem o problema e só 2% é que estão a fazer tratamento com ácido fólico, ferro ou vitamina B12.

As duas grandes causas de anemia são: carencial, por deficiência de algum tipo de nutriente, como o ferro, ou por doenças crónicas, como as oncológicas e as cardíacas.

A prevalência detetada no estudo foi mais elevada na região Sul e de Lisboa e Vale do Tejo, nas grávidas e mulheres em menopausa, nos grupos etários extremos entre os 18 e os 34 anos e após os 75 anos.

Os resultados desta análise epidemiológica levam a concluir, segundo a associação que a promoveu, que é necessário desenvolver estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da anemia em Portugal.

No estudo foram analisadas 7.890 pessoas, entre os 18 e os 96 anos, com a amostra por região a refletir a distribuição geográfica da população portuguesa.

O cansaço é o principal sintoma da anemia, o que os especialistas dizem que pode fazer com que as pessoas tendam a arranjar qualquer outro motivo que justifique esse estado de fraqueza, não admitindo a possibilidade de estar doente.

No entanto, para além do cansaço, podem verificar-se alterações de humor, insónias, palidez, queda de cabelo, unhas frágeis e fraca apetência sexual.

Lusa

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