Francisco Maria Pereira, Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho são três amigos de longa data que abraçaram a música com o entusiasmo próprio dos 15 anos, idade com que criaram uma banda a que chamaram D.A.M.A., um nome que hoje até acham caricato mas que tem um significado, “Deixa-me Aclarar-te a Mente, Amigo”.
Com um ano marcado por muitos concertos, os D.A.M.A. entraram no ouvido de muitos pela sua sonoridade própria, mas o reconhecimento não surgiu de um momento para o outro. O sucesso de hoje é o reflexo de um percurso marcado por muito trabalho, por muitos “não’s e nin’s” que aguçaram a persistência e a luta pela música. Desde os primeiros passos nesta aventura que a banda se apoia no lema – “Nunca desistir!”
O iPressGlobal esteve à conversa com os D.A.M.A., para perceber qual o segredo para conseguirem ser o grupo sensação do momento e a cantar em… português!
iPG- O nome que escolheram tem um significado curioso, de que modo é que esta escolha caracteriza a vida do grupo?
D.A.M.A.- Éramos muito novos quando decidimos o nome da banda. Hoje em dia, até o achamos um pouco caricato, mas, a verdade é que a nossa intenção sempre foi de “aclarar” mentes, transmitir alguma coisa com a nossa música, fazer com que as pessoas se identifiquem com as histórias que contamos e cantamos.
iPG- Como caracterizam a vossa música?
D.A.M.A.- É muito difícil caracterizá-la em termos de estilo. A nossa intenção é criarmos músicas com uma identidade própria sem quaisquer limites criativos, por isso na maior parte das vezes deixamo-nos levar pela inspiração!
iPG- Passam muito tempo juntos, é fácil a convivência entre vós? Pode o sucesso da banda, depender em boa parte do bom ambiente entre todos?
D.A.M.A.- Temos a sorte de ser, os três, amigos de infância e por isso, a convivência, uns com os outros, desde muito cedo, consolidou esta relação. O mesmo acontece com a nossa banda, técnicos, equipa da editora e agência, somos como uma grande família e isso é fundamental para o equilíbrio de todos, visto que passamos muito tempo juntos.
“Felizmente, hoje já não precisamos de limpar o local onde vamos atuar”
Ao longo dos anos, nem tudo foram respostas positivas, mas todas elas serviram de crescimento para a banda, que hoje acredita ter a preparação necessária para singrar na música.
iPG.- Certamente ouviram alguns “não’s” no vosso percurso, como lidaram com eles?
D.A.M.A.- A banda existe desde os nossos 15 anos, e, como é lógico foram muitos os “não’s” e os “nin’s” que fomos ouvindo durante todo esse tempo, mas aceitamos sempre essas respostas como algo que faz parte do nosso crescimento enquanto banda, enquanto músicos e artistas. Somos muito lutadores e especialmente para algo em que acreditamos. Sempre foi esse o nosso lema, nunca desistir!
Hoje, encaramos todas as dificuldades passadas como essenciais para encarar o nosso dia-a-dia. Hoje podemos dizer que temos mais estofo e que conhecemos os dois lados da barricada. Felizmente, hoje já não precisamos de limpar o local onde vamos atuar, tal como acontecia muitas vezes, noutros tempos.
iPG- Conseguiram sentir o momento dessa viragem para o reconhecimento público?
D.A.M.A.- O momento do lançamento das músicas “Balada do Desajeitado” e “Luísa” foi fulcral, houve uma enorme adesão por parte do público e das rádios com a inserção das músicas nas suas playlists, o que fez com que começássemos a ser mais reconhecidos. Este reconhecimento culminou com o lançamento do álbum.
iPG- Como surgiu a possibilidade de editarem o “ Uma questão de princípio”?
D.A.M.A.- O álbum surge no momento em que assinámos o contrato com a Sony Music, pois foi nessa altura que nos propuseram compilar a nossa obra, e assim foi! Estamos muito orgulhosos deste álbum! O nosso primeiro álbum, que é já Disco de Platina é algo pelo qual não esperávamos, mas que nos deixa muito satisfeitos!
iPG- Que importância tiveram as redes sociais, nomeadamente, o YouTube na divulgação do vosso trabalho?
D.A.M.A.- Foram fundamentais, tanto é, que no ano passado fomos o canal de YouTube que mais cresceu em Portugal e, atualmente contamos com mais de 20 milhões de visualizações nos nossos vídeos! É a maneira mais fácil de divulgar o nosso trabalho, como também de estarmos mais perto das pessoas que gostam da nossa música.
“Para os objetivos que queremos alcançar ainda não nos consideramos um sucesso”
Desde o lançamento do primeiro álbum que o reconhecimento pelo trabalho dos D.A.M.A. se tornou evidente. Para estes três jovens este é só mais um passo no percurso profissional que tem de ser vivido de pés bem assentes na terra.
iPG- Como têm lidado com o reconhecimento? O sucesso mudou-vos?
D.A.M.A.- Encaramos tudo de forma muito natural, para os objetivos que queremos alcançar ainda não nos consideramos “um sucesso”, há muito trabalho pela frente e acima de tudo sabemos que foi a nossa música que nos trouxe até aqui e é pela música que queremos continuar.
iPG- Algum de vocês tem outra atividade profissional além da música? É fácil viver da música no nosso país?
D.A.M.A.- Seria impossível ter outra atividade, temos mais de 150 concertos marcados e estamos sempre a trabalhar, temos a sorte de poder fazer aquilo que mais gostamos na vida. Não é fácil viver da música. Ser músico não é muito diferente da maioria das profissões mas com muito trabalho, dedicação, alguma sorte e com as pessoas certas a darem o seu apoio tudo fica mais fácil.
Com a ambição de deixar a sua marca na música nacional, os D.A.M.A. continuam a trabalhar com empenho e a criar uma boa empatia com o seu público. Neste momento é já conhecido o novo single do grupo – “ Não há”, que antecede o lançamento de um novo álbum agendado para outubro. Enquanto isso não acontece, constroem o sucesso em cada palco, passo a passo.