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foto: Paulo Cunha / Lusa

O PS está reunido até este domingo, 27 de Maio, no Exposalão da Batalha, em Leiria, para o 22.º Congresso do PS. O evento arrancou na sexta-feira com António Costa a falar aos socialistas sobre alguns dos temas mais marcantes da actualidade, como a eutanásia e a corrupção, mas sem esquecer as grandes bandeiras da esquerda, como o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a co-adopção.

Costa defendeu claramente a eutanásia, notando que “há novas oportunidades de alargar esse espaço, respeitando a consciência de cada um, não impondo a ninguém qualquer comportamento, mas assegurando a todos que o queiram ter uma morte digna”.

O primeiro-ministro também sublinhou que “o PS esteve na primeira linha no combatecontra a corrupção“. Uma referência que não pode ser dissociada da figura de José Sócrates, o “elefante” na sala sempre presente, mesmo não tendo comparecido, depois de se ter desfiliado do PS.

E foi para Sócrates, de resto, um dos maiores aplausos da noite quando o seu rosto apareceu no ecrã gigante do Expo Salão da Batalha, no momento em que foram exibidas imagens dos diversos secretários-gerais do PS.

Mais aplausos só houve para o próprio Costa e para o “pai” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Arnaut, recentemente falecido. O primeiro-ministro fez questão de o homenagear, salientando que o “SNS que António Arnaut criou é um orgulho e uma responsabilidade” para o partido, e prometendo criar mais condições para o “defender e promover”.

“PS é o que melhor governa a economia”

Costa não se esqueceu de falar da descentralização, frisando que esse será um dos grandes objectivos para o breve prazo, e lançou uma boca à direita a propósito das contas públicas.

“Se há algo de que nos devemos orgulhar nestes dois anos e meio, é que acabámos com o mito de que em Portugal é a direita que sabe governar a economia e as finanças públicas”, salientou. “O PS é o partido que melhor governa a economia e as finanças públicas”, concluiu.

“Temos o menor défice orçamental desde o início da nossa democracia, começou-se a reduzir a dívida, o que permite baixar os juros, mobilizando dinheiro onde ele deve ser investindo, que é em melhor saúde, educação e melhores serviços públicos em Portugal”, referiu num discurso que se prolongou durante 42 minutos.

“A todos aqueles que duvidavam de que era possível virar a página da austeridade sem sair do euro e a todos os que diziam que era preciso sair do euro para virar a página da austeridade, podemos dizer: Não, nós tínhamos razão“, declarou também numa farpa aos aliados da esquerda.

Carlos César reeleito presidente do PS

No segundo dia do Congresso, neste sábado, Carlos César foi reeleito presidente do PS com 96,3% dos votos e prometeu lutar pela “transparência” na política, garantindo que o PS vai defender uma “nova geração de legislação” no âmbito dos titulares de cargos políticos.

Os resultados da eleição foram anunciados no recomeço dos trabalhos do Congresso, pelas 10:35 horas.

A Mesa do Congresso foi eleita com 96,29% dos votos, a Comissão de Honra com 96,9% e a Comissão de Verificação de Poderes foi eleita com 96,55% dos votos.

Carlos César recebeu um forte aplauso da sala, ainda não completamente cheia, quando foi lido o seu nome.

ZAP // Lusa

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