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Esta semana foi visível a insatisfação destes profissionais de saúde, que encontraram na greve o modo de manifestar o seu desagrado relativamente à falta de enfermeiros nos hospitais um pouco por todo o país.

Na passada terça-feira, os enfermeiros do IPO do Porto deram início a uma greve que registou 100% de adesão no sector de internamento. Debatendo-se com a falta de profissionais desta área, os enfermeiros que se encontram ao serviço vêem-se a braços com um maior número de pacientes e sobrecarga do seu horário, tornando incomportável o seu trabalho.

Também no Alto Ave a greve foi sentida no dia 5 de agosto, registando-se uma adesão à mesma de cerca de 70%, segundo o sindicato. Já a administração do Centro Hospitalar do Alto Ave garante que a adesão à greve não passou dos 61,76 %. Certo é porém, que a paralisação neste centro hospitalar levou ao cancelamento de cerca de 23 cirurgias.

Para além da falta de enfermeiros, neste caso a revindicação é fruto de outros aspetos que preocupam estes profissionais como o facto de não poderem gozar duas folgas semanais, o pagamento inadequado do prémio de assiduidade e da não-atribuição de vínculo definitivo a duas dezenas de enfermeiros que estão com contrato a termo.

Para 26 de Agosto está já agendada a greve no Centro Hospitalar de Lisboa Central, enfermeiros contestam a não colocação de novos colegas de trabalho em lugares que ficaram disponíveis. Este aspeto faz com que também aqui se estabeleçam turnos seguidos sem folga e o cansaço extremo destes profissionais seja cada vez mais visível.

O sindicato realizou já reuniões em três unidades deste centro hospitalar, do qual fazem parte os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa e D. Estefânia, destes encontros saiu o aviso de pré- greve.

Tendo em conta a falta de recursos humanos e materiais sentidos em muitas outras unidades hospitalares, esperam-se novas greves dos enfermeiros para breve.

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