Os resultados da prova de avaliação de capacidade e conhecimento (PACC), realizada pelos docentes em dezembro de 2014, foram agora tornados públicos, através do relatório emitido pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). Aparentemente cerca de 35% destes docentes não estão aptos a dar aulas, tendo dado erros básicos de escrita.
Os protestos dos professores e sindicatos, as apreciações negativas do provedor de Justiça e o parecer muito crítico do Conselho Científico do IAVE, não evitaram a realização da prova docente pelo segundo ano consecutivo.
Para esta segunda edição da prova, realizada em dezembro, inscreveram-se cerca de 2863 docentes, mas apenas 2490 a chegaram a realizar.
Se na primeira edição em 2013 a taxa de reprovação já existiu, este ano ela reflete o resultado de cerca de 35% dos participantes, sendo que destes 11% reprovaram pela segunda vez. Curiosamente quem realizou o exame pela segunda vez, foi quem obteve os piores resultados, com uma taxa de reprovação de 53,1% e um resultado médio de 48,9 pontos.
Entre os docentes que realizaram a prova, 1.636 tiveram uma classificação positiva e 854 não ultrapassaram a classificação negativa.
Segundo o relatório da IAVE a média das classificações obtidas pelos que passaram, não foi muito além dos 50 pontos, ficando-se pelos 56,2.
A atenção do Ministro da Educação na avaliação destes resultados centrou-se na ocorrência de erros ortográficos que claramente se destacaram nas prova de quase 20% dos docentes, tendo estes cometido 5 ou mais erros na escrita de texto. Ainda no ranking dos erros de escrita, regista-se uma percentagem de 65% de professores que deu mais de que um erro ortográfico.
No que diz respeito a sintaxe os resultados são bem melhores, tendo cerca de 50% dos docentes escrito o texto sem falhas.
Com estes resultados, volta a questionar-se a validade dos conteúdos da prova tendo em conta os objetivos traçados para esta e a realização da mesma por docentes com menos de 5 anos de serviço, sendo que muitos deles nunca chegaram a dar aulas.
