- Pub -

Pedido de demissão ocorreu após noticiado o acesso indevido aos dados de mais de 20 milhões de pessoas.

A directora da agência de recursos humanos do governo dos Estados Unidos da América demitiu-se na passada 6ªfeira, depois de noticiado o acesso indevido aos dados de mais de 20 milhões de pessoas, na sequência de um ciberataque.

Katherine Archuleta deslocou-se à Casa Branca para apresentar a demissão ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, justificando que a agência precisa de “uma nova liderança” para responder aos “desafios actuais”. “O presidente aceitou a renúncia de Katherine Archuleta”, com efeitos a partir de sexta-feira, adiantaram funcionários da Casa Branca, ouvidos pela agência espanhola EFE.

Katherine Archuleta, que assumiu funções em Novembro de 2013, estava a ser pressionada para renunciar ao cargo desde o mês passado, quando foi público o primeiro ataque informático, que comprometeu os dados de 4,2 milhões de trabalhadores federais. Até ser nomeado um sucessor, assumirá funções o atual subdirector da agência, Bet Cobert.

De acordo com a agência, os piratas informáticos acederam indevidamente a dados pessoais como números da segurança social, moradas, antecedentes judiciais e históricos financeiros e de saúde. Das 21,5 milhões de pessoas em causa, 19,7 milhões das quais foram sujeitas a uma inspecção de antecedentes pelo governo, por terem concorrido a postos na Administração pública. Os restantes 1,8 milhões são familiares destes.

Desconhece-se quem está por trás do ciberataque, mas proliferam rumores que atribuem a autoria a piratas informáticos chineses. De acordo com o jornal The Washington Post, a China está a construir “bases de dados maciças com informação pessoal de cidadãos dos Estados Unidos”, com o objectivo de “recrutar espiões ou obter mais informação sobre um adversário”.

As autoridades chinesas já ripostaram, dizendo que não existem “provas científicas” que as relacionem com o ciberataque.

Agência Lusa
- Pub -

Deixe o seu comentário