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O primeiro-ministro japonês pediu este domingo à Coreia do Sul para remover a estátua em homenagem às “mulheres de conforto”, a qual reiniciou uma disputa diplomática entre os dois países.

Estima-se que até 200 mil mulheres tenham sido forçadas a prestar serviços sexuais a tropas nipónicas, a maioria delas na China e na península coreana, entre os anos 30 do século passado e o final da II Guerra Mundial, que terminou em 1945.

As tensões aumentaram na sexta-feira quando Tóquio chamou a consultas o embaixador sobre a estátua que foi colocada em frente ao consulado de Busan no mês passado, em homenagem às mulheres forçadas a trabalharem nos bordéis militares japoneses, sobretudo durante a II Guerra Mundial.

“O Japão já pagou um bilião de ienes (8,6 milhões de dólares), porque cumprimos sinceramente a nossa obrigação, e acho que agora é a vez da Coreia do Sul mostrar sinceridade de forma inquestionável”, disse Shinzo Abe em declarações citadas hoje pela estação pública NHK.

A controversa estátua em memória das “mulheres de conforto” tinha sido removida depois de ter sido colocada por ativistas sul-coreanos na cidade portuária de Busan.

Mas as autoridades locais mudaram de ideias e autorizaram-na depois de a ministra da Defesa japonesa, Tomomi Inada, ter na semana passada visitado o santuário Yasukuni, em Tóquio, que a China e a Coreia do Sul condenam por homenagear os mortos da II Guerra Mundial e outros conflitos bélicos.

A questão das “mulheres de conforto” dificultou, durante décadas, as relações do Japão com os países que colonizou ou invadiu.

// Lusa

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