Manuel de Almeida / Lusa
Até julho deste ano, os impostos geraram aos cofres do Estado 23.526,4 milhões de euros, valor que está 1.159,6 milhões acima do registado no mesmo período do ano passado.
O Estado arrecadou 23.526,4 milhões de euros em impostos até Julho, mais 1.159,6 milhões de euros do que em igual período de 2017, de acordo com a síntese de execução orçamental divulgada esta segunda-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Isto significa que a receita fiscal aumentou 5,2%, um aumento homólogo explicado, sobretudo, pelo acréscimo da receita dos impostos diretos, sendo que todos os impostos cresceram, com exceção da Contribuição sobre o Setor Bancário, que caiu 7,8 milhões de euros.
Até julho, os impostos diretos aumentaram 7,1%, devido à recuperação da receita de IRC, que subiu 15,6% (mais 532 milhões de euros) para 3,9 mil milhões de euros. Já a receita de IRS cresceu 2,4% para 5,7 mil milhões de euros.
“O aumento do IRS é explicado pelo pagamento de notas de cobrança e pelo residual de reembolsos ainda por efetuar”, explica a DGO.
Também os impostos indiretos registaram um aumento de 3,8%, com destaque para a receita do IVA (mais 3,8%) e do Imposto do Selo (mais 6,9%).
Quanto aos reembolsos, até julho registou-se um aumento na receita em termos acumulados de 6,8 milhões de euros (mais 0,1%), devido ao aumento dos reembolsos de IVA (mais 258,7 milhões de euros), compensado pela diminuição dos reembolsos em IRC (menos 328 milhões de euros).
Segundo a DGO, “a quebra dos reembolsos de IRC, em comparação homóloga, é consequência da prorrogação do prazo de entrega da declaração Modelo 22”.
Por sua vez, “a redução do prazo médio de reembolso de IRS resultou numa antecipação do montante reembolsado para os meses de abril e maio, sendo já marginal a evolução deste montante desde o mês de junho”.
ZAP // Lusa