foto: ALPHA ONE MEDIA / CHRISTOPHER REEVES
Pódio só de Ducatis na Austrália. Johann Zarco (Pramac Racing Team) conquista a sua primeira vitória de sempre no MotoGP em Phillip Island, à frente de Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) e Fabio Di Giannantonio (Gresini Racing).
Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) conseguiu um merecido segundo lugar num extraordinário final do GP da Austrália em Phillip Island, que viu cinco pilotos a disputarem a vitória na última volta. A vitória foi para Johann Zarco (Pramac Racing), a sua primeira no MotoGP em 120 corridas, à frente de Bagnaia e Fabio Di Giannantonio (Gresini Racing), enquanto Jorge Martin (Pramac Racing), que liderou durante 26 das 27 voltas, foi apanhado e ultrapassado pelo grupo perseguidor, com a escolha de pneus a ser decisiva. Bagnaia tem agora 27 pontos de vantagem sobre Martin, com a corrida de Sprint de amanhã ainda por disputar.
Depois de uma sexta-feira difícil, o dia de Bagnaia começou bem, com o líder do campeonato a ocupar a primeira posição na Q1 e a qualificar-se para a Q2, onde fez o terceiro melhor tempo, garantindo assim uma partida na primeira fila para a corrida.
Enquanto Martin ganhava três segundos de vantagem na frente, Bagnaia encontrava-se em quinto lugar no grupo de perseguição, atrás de Binder (KTM), Di Giannantonio e Zarco. Na fase final, estes quatro pilotos estavam a apanhar Martin, e quando partiram para a última volta, a diferença entre eles era mínima. Zarco mergulhou na liderança na curva 7 para conquistar a sua primeira vitória de MotoGP e Bagnaia seguiu-o de imediato para ficar com o segundo lugar.
O companheiro de equipa Enea Bastianini, que partiu do décimo segundo lugar da grelha depois de uma boa sessão de qualificação, teve dificuldades em acompanhar o grupo da frente nos primeiros tempos e caiu para décimo quarto a meio da corrida. Na segunda metade, o piloto de Rimini recuperou para terminar em décimo.
Francesco Bagnaia (#1 Ducati Lenovo Team) – P2: “Estou muito contente, foi mais um fim de semana difícil, mas sempre a subir, e mais uma vez terminámos na frente. O Johann fez um trabalho fantástico com o pneu traseiro, eu estava a controlar todas as voltas. Só me faltou um pouco de tração na última volta, mas estou contente. O Martin estava com o pneu macio e tive de pensar muito na partida, porque sabia que ele ia afastar-se. O ritmo foi forte durante toda a corrida, mas continuei a controlar o pneu traseiro até ao fim e tinha razão, porque num instante passei de quinto para segundo. Foi uma corrida em que tive de estar calmo porque sabia que o pneu macio não ia durar muito e, finalmente, tudo foi perfeito. Os pontos são sempre fundamentais, agora temos mais 27 pontos que o Martin, as coisas podem mudar muito rapidamente, por isso temos de ter muito cuidado e perceber perfeitamente o que se está a passar. Faltam quatro corridas e meia, pelo que será importante mantermo-nos sempre constantes.”
Enea Bastianini (#23 Ducati Lenovo Team) – P10: “Não posso estar contente, isso é certo. Hoje correu pior, no sentido em que havia mais aderência na pista do que ontem, e tive mais dificuldades. Não consegui que a moto escorregasse na traseira, por isso estava a forçar muito a frente e a mudar, consumindo a parte dianteira esquerda do pneu. O que é estranho é que me senti melhor nas últimas dez voltas do que nas primeiras. Era difícil andar assim porque não conseguia curvar. É evidente que nos saímos bem quando há menos aderência, por isso vamos analisar cuidadosamente os dados para perceber porque é que fui melhor nas últimas dez voltas em comparação com as primeiras, quando o pneu deveria fazer a diferença. Entrei nesta corrida com expectativas muito mais elevadas e tive de as reduzir, mas sei o que posso fazer com a moto, só temos de tentar afiná-la para funcionar melhor.”