A urna com os restos mortais de Mário Soares, que faleceu no sábado, aos 92 anos, já está no Mosteiro dos Jerónimos, depois de um cortejo fúnebre pelas ruas de Lisboa em que milhares de pessoas homenagearam o ex-presidente com gritos de “Soares é fixe”.
O cortejo fúnebre do antigo presidente da República, Mário Soares, arrancou nesta segunda-feira, cerca das 11h05 horas, da sua residência no Campo Grande, em Lisboa, após ter sido recebido com aplausos por centenas de populares.
Entre os populares ouvia-se: “Soares é fixe”.
O carro funerário com o corpo de Mário Soares chegou pelas 11h à sua residência, onde permaneceu cerca de cinco minutos, tendo arrancado depois para o cortejo que percorreu as principais ruas do centro de Lisboa.
Milhares de populares saíram à rua para prestar uma última homenagem àquele que é considerado por muitos o “pai da democracia portuguesa”, acompanhando o cortejo fúnebre com aplausos e gritos de “Soares é fixe” e muitas lágrimas.
A urna com os restos mortais de Mário Soares encontra-se na Sala dos Azulejos, no Mosteiro dos Jerónimos, e o velório é aberto ao público.
O funeral está marcado para terça-feira e é já certa a presença do Presidente do Brasil, Michel Temer, do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz e do ex-presidente do Governo espanhol e ex-líder do PSOE, Felipe González, entre outras figuras do actual governo espanhol.
Mário Soares só pode ir para o Panteão Nacional daqui a 20 anos
Em virtude de uma lei aprovada no seguimento das trasladações de Eusébio e Sophia de Mello Breyner Andersen, Mário Soares só poderá ser trasladado para o Panteão Nacional em 2037.
A nova legislação foi aprovada por unanimidade no Parlamento e promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, em Maio de 2016, no seguimento da polémica quanto à onda de trasladações para o Panteão Nacional.
Assim, agora, “as honras do Panteão não podem ser concedidas antes do decurso do prazo de 20 anos” no caso da trasladação dos restos mortais, conforme evidencia o Expresso.
ZAP // Lusa