- Pub -

Os casos de fraude na ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos, estão a aumentar. É o director-geral do novo Instituto Público quem o revela, apelando a mais “mecanismos de controlo e monitorização”.

“A ADSE tem detectado nos últimos tempos muitas situações de fraude”, constata o ainda director-geral da ADSE, Carlos Liberato Baptista, em declarações ao Jornal de Negócios.

Numa altura em que está a prazo no lugar, depois de a ADSE ter passado a Instituto Público, abrindo a porta a mais beneficiários, Carlos Liberato Baptista refere que, só em 2016, foram enviados mais de 20 processos fraudulentos ao Ministério Público.

O responsável dá vários exemplos destes casos, nomeadamente o de uma aldeia onde a conta do ginásio, que estava instalado num centro de medicina física e de reabilitação, foi enviada à ADSE como tratamento de fisioterapia.

Está em causa uma factura de 10 mil a 12 mil euros por mês, refere o Negócios. “São 150 mil euros por ano”, acrescenta Carlos Liberato Baptista.

Outro caso citado pelo director-geral envolve um dentista do Porto “que re-facturava tratamentos não abrangidos pela tabela da ADSE de forma a que passassem a sê-lo, num montante de cerca de 200 mil euros”, segundo o mesmo jornal.

“O [maior] problema é que criou problemas clínicos às pessoas”, nota Liberato Baptista.

O director-geral menciona ainda, “preços que estão a ser facturados duas a três vezes acima do preço máximo fixado” pelo Infarmed e suspeitas da promoção do “consumo exagerado de actos médicos”.

“As pessoas vão com uma dor de cabeça e fazem-lhe um TAC ou uma ressonância”, afiança.

Área que é particularmente, “muito complicada” é o transporte de doentes, diz o director-geral.

“Tenho 14 pessoas a conferirem-me a facturação de 350 milhões de euros que são os meus convencionados”, nota, apelando à criação de “outros mecanismos de controlo e monitorização”.

ZAP //

- Pub -

Deixe o seu comentário