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foto : Vladimir Vyatkin / Wikimedia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) calcula que cada mês de “quarentena” nos serviços não essenciais da economia custe 3% do PIB anual europeu, vaticinando por isso uma “inevitável” e “profunda” recessão na Europa em 2020.

“Nas grandes economias europeias, os serviços não essenciais fechados por decreto governamental representam cerca de um terço da produção”, explicou o diretor do FMI para a Europa, Poul Thomsen, num artigo no blog da instituição.

“Isso significa que cada mês com estes serviços fechados traduz-se numa descida de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) anual“, acrescentou o mesmo responsável, apontado o forte ritmo de propagação da covid-19 na Europa.

Na zona euro em particular, Thomsen considerou que “a determinação dos dirigentes para fazerem o necessário para estabilizar o euro não deve ser subestimada”, num momento em que surgem críticas sobre a incapacidade dos países europeus se mostrarem solidários.

Para Thomsen, são “particularmente importantes” a intervenção “em larga escala” do Banco Central Europeu e o “apelo lançado pelos dirigentes europeus para o Mecanismo Europeu de Estabilidade, que vem completar os esforços orçamentais nacionais”.

Isso poderá permitir “garantir que os países que têm uma dívida pública elevada”, como por exemplo a Itália, particularmente afetada pela pandemia, “têm a margem manobra orçamental de que precisam para reagir energicamente à crise”, apontou.

A “principal preocupação” do FMI, nesta fase, diz respeito a “pequenos países fora da União Europeia (UE)”, explicou Poul Thomsen, que chefiou a missão da troika em Portugal.

“Com exceção da Rússia e da Turquia, a maioria das nove economias emergentes da Europa Central e de Leste que não pertencem à UE já pediu assistência de emergência através dos mecanismos de apoio financeiro rápido do FMI”, juntando-se a “mais de 70 outros países no mundo”, indicou Poul Thomsen.

ZAP //

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